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“Não mexia com ninguém”, diz patrão de mecânico morto por menina

Homem morreu após ser agredido com um tijolo, em Águas Claras. Adolescente afirma que agiu em defesa própria, depois de tentativa de estupro

atualizado

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1 de 1 Antonio-2 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Funcionários da mecânica RV Auto Center, local onde Antônio Soares da Silva, 52 anos, trabalhava, lamentaram a perda do colega. O crime ocorreu na Área de Desenvolvimento Econômico 3, em Águas Claras, na terça-feira (28/01/2020), por volta das 23h.

Ele morreu agredido por chutes e uma tijolada por uma adolescente de 13 anos. Os moradores do local tentaram reanimar a vítima, mas sem sucesso. A jovem afirmou que reagiu a uma tentativa de estupro.

O patrão de Antônio, Robson Garrido, 48 anos, lamentou a morte do “excelente funcionário” e ainda contou que ele não era de ter desavenças. “Estou muito sentido porque trabalhava com ele há 16 anos”, lembra.

“Antônio era um cara muito humilde, que não mexia com ninguém, não tinha briga com ninguém. Nem aqui na oficina, nem em outro lugar. Eu o tratava como um velho amigo: a perda é muito grande”, contou Robson.

Robson, porém, chamou atenção para o problema de Antônio com bebidas. “Mas essa morte foi desnecessária, não precisava disso”, lamentou o mecânico.

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Local onde mecânico de 52 anos foi morto na noite desta terça-feira (28)
Mecânica na qual Antônio trabalha, na região de Águas Claras
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Segundo o patrão, Antônio (foto) não era de se envolver em confusões

Reprodução/Arquivo pessoal
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Local onde mecânico de 52 anos foi morto na noite desta terça-feira (28)

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Mecânica na qual Antônio trabalha, na região de Águas Claras

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O caso

A adolescente que teria atacado Antônio precisou de atendimento medico e foi encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT). De acordo com jovem, ela e a irmão, que está grávida, andavam na região, quando o mecânico mexeu com elas.

A menina afirmou que ele teria assoviado, mostrado o pênis e corrido atrás das duas. Então, ela enforcou o mecânico. O homem caiu e a adolescente começou a agredi-lo com chutes na cabeça. Depois, pegou um tijolo e jogou na cabeça dele.

Ao ser levada ao HRT, ela confessou que cometeu o ato após sofrer uma tentativa de estupro. E garantiu que só quis se defender de um possível estupro e não conhecia Antônio. A ocorrência foi registrada na Delegacia da Criança e do Adolescente.

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