“Não merece ser enterrado como indigente”, diz amiga de rapaz morto
Pessoas que conheceram Arlon Fernando da Silva pedem que GDF faça translado do corpo dele para o Paraná
atualizado
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O doutorando em física da Universidade de Brasília (UnB) Arlon Fernando da Silva, 29 anos, assassinado a facadas perto do Palácio do Buriti e da Câmara Legislativa, estava acostumado a circular de bike pelas ciclovias e ruas do DF.
Amigos do paranaense que foram até a casa dele no Sudoeste na manhã desta sexta-feira (8/12) contam que o rapaz não tinha carro e fazia quase todos os percursos com sua bike, que fora trocada recentemente.
Segundo informações de policiais, o doutorando da UnB foi esfaqueado, na noite de quinta-feira (7/12), enquanto fazia o percurso usual de volta para casa. Um assaltante teria tentado levar a bicicleta e, em seguida, desferido quatro golpes contra o estudante, que não resistiu aos ferimentos.
Arlon morava no Edifício Mont Blanc, na QMSW 5, desde setembro de 2017. Ele alugava uma quitinete no prédio por R$ 800. O estudante mudou da Asa Norte para o local por conta do preço.A servidora pública Cilene Dutra Menezes, 32, conhecia o paranaense havia dois anos. Ele chegou a morar por dois meses na casa dela quando ficou sem bolsa de pesquisador da UnB. “Fazia tudo de bicicleta”, relatou a moça.
A amiga o descreveu como uma pessoa caseira e reservada, que não frequentava bares. A mãe de Cilene, Beatriz Dutra, também conhecia o jovem. Ela pede que o Governo do Distrito Federal colabore com o caso.
“Espero que o governo assuma os gastos de fazer o traslado do corpo dele para Rio Branco do Sul, Paraná. Ele não merecia isso e não merece ser enterrado como indigente”, lamenta. Ainda de acordo com Beatriz, Arlon era um “rapaz de fibra, estudioso e focado”.