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“Não há casos de H1N1 no Distrito Federal”, diz secretário de Saúde

De acordo com titular da pasta, todos os 12 episódios notificados por escolas trataram-se de um teste falho feito por um hospital particular

atualizado

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02.10.2018 foto h1n1 seringa
1 de 1 02.10.2018 foto h1n1 seringa - Foto: FOTO ILUSTRATIVA

A Secretaria de Saúde negou a existência de qualquer caso de contaminação pelo vírus H1N1 no Distrito Federal, nas últimas semanas. Em entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (2/9), o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, afirmou que todos os 12 casos noticiados pela imprensa foram atendidos pelo mesmo hospital particular, localizado em Taguatinga, em um teste rápido de triagem sem validade do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Ou seja, o teste não permite assegurar que os casos são de H1N1. Ele nem sequer diferencia os vírus. A qualidade deste teste é questionável”, disse o secretário. “Temos uma vigilância epidemiológica atuante que monitora todos os casos. As pessoas estão procurando a imprensa para noticiar e isso é uma irresponsabilidade absurda. Nenhum dos casos foi confirmado oficialmente”, concluiu.

De acordo com o secretário, a pasta vai testar novamente a condição das crianças. Vamos investigar a unidade de saúde responsável pelas triagens pois nem notificados nós fomos. Não há nenhum motivo para preocupação. Nem ao menos o paciente internado na UTI estaria com a doença”, garantiu Humberto Fonseca.

Ou seja, de acordo com a Secretaria de Saúde, o hospital “fez um teste sem comprovação efetiva e gerou pânico na população”. Seriam, de acordo com a pasta, 12 casos registrados de H1N1, sendo quatro no Sesc de Ceilândia, além de oito casos no Colégio Ideal, sendo dois confirmados na unidade de Águas Claras, e três confirmados e três suspeitos na unidade de Taguatinga.

Águas Claras
A Escola Arara Azul, em Águas Claras, divulgou nota na segunda-feira (1°/10) em que comunicou o registro de dois casos do vírus H1N1 no Infantil V. De acordo com a direção, os pais dos alunos que apresentaram sintomas da doença também foram informados para buscarem meios de confirmar ou não a contaminação.

A direção da escola afirmou, ainda, que entrou em contato com a Secretaria de Saúde, por meio da Subsecretaria de Vigilância Epidemiológica, para saber como proceder em relação à proteção das crianças e ao surgimento de novos casos.

Até setembro deste ano, o Distrito Federal registrou, ao todo, 68 casos de H1N1, com seis mortes confirmadas. O índice de vacinação do público-alvo foi de 99,83%, segundo o secretário de Saúde.

Cuidados
Infectologista e gerente médica do Sabinvacinas, Ana Rosa dos Santos afirma que embora a vacina seja a principal forma de prevenção, alguns cuidados básicos de higiene são fundamentais para evitar a transmissão do vírus.

“Proteger com lenço de papel descartável a boca e nariz, ao tossir e espirrar, e lavar as mãos com água e sabão ajudam no controle. Além disso, usar álcool em gel após o contato com a boca, os olhos e nariz, bem como antes das refeições, é um hábito que também ajuda a dificultar o contágio e a propagação dos vírus. São ações simples [sobre as quais] que a escola pode orientar os funcionários, alunos, professores e também os pais”, explica.

Segundo ela, a indicação é que todas as pessoas, a partir dos 6 meses de idade, vacinem-se contra a gripe. Grupos de risco, como idosos, obesos, profissionais de saúde, gestantes, portadores de doenças crônicas (asma, cardíacas, diabetes) e indivíduos com sistema imune debilitado (imunodeprimidos) devem ter maior atenção à vacinação para evitar complicações mais graves.

“A imunização só é contraindicada para aqueles com histórico de reação alérgica grave comprovada às proteínas do ovo e da galinha ou a qualquer componente da vacina”, define.

Nota do hospital
Responsável pelos testes, o Hospital Anchieta, de Taguatinga, divulgou nota. Segundo a instituição, “os casos suspeitos de Influenza A ou B verificados no último fim de semana foram repassados para a Vigilância Epidemiológica, conforme protocolo. O Hospital Anchieta é referência em atendimento de qualidade e segue rigorosamente suas obrigações”.

Previna-se
Para evitar a transmissão da gripe e de outras doenças respiratórias, a Secretaria de Saúde recomenda:

    • Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de comer;
    • Usar lenços descartáveis para higiene nasal;
    • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
    • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
    • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
    • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
    • Manter os ambientes bem ventilados;
    • Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
    • Evitar aglomerações e locais fechados (procurar manter os ambientes arejados);
    • Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

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