“Não esboçaram arrependimento”, diz delegado sobre assassinos de estudante de 16 anos
Os dois jovens detidos já tinham passagens pela polícia. Segundo investigações, eles cometeram o crime aleatoriamente
atualizado
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Presos por matar o estudante Geoffrey Stony, 16 anos, com um tiro no peito, um adolescente de 17 anos e outro rapaz, de 18, não demonstraram arrependimento ao prestarem depoimento nessa quinta-feira (23/9), na 19ª Delegacia de Polícia (P Norte). Procurado pelo Metrópoles, o delegado Thiago Peralva destacou que a reação dos autuados chamou atenção.
“Foi nítido. Em momento algum esboçaram qualquer arrependimento. A única reação que observamos foi a do maior de idade, que estava revoltado pelo fato de o menor, supostamente, envolvê-lo na situação. Mas nenhum dos dois demonstrou remoço por conta da morte”, relatou o policial. O corpo do adolescente será enterrado na tarde desta sexta-feira (24/9), no Cemitério de Taguatinga. O autor dos disparos seria o menor, de 17 anos. Ele também informou ser o dono da arma usada no latrocínio, roubo seguido de morte.
Os dois jovens detidos já tinham passagens pela polícia. Segundo investigações, eles cometeram o crime aleatoriamente, o chamado “crime de oportunidade”. A dupla foi identificada por meio de imagens de câmera de segurança. Os rapazes fugiram de bicicleta após dispararem contra o adolescente, que morreu na hora.
Os suspeitos estavam escondidos na casa do amigo de um deles, também em Ceilândia.
Ainda de acordo com Thiago Peralva, delegado chefe-adjunto da 19ª DP, a dupla havia cometido um roubo minutos antes e, em seguida, abordou Geoffrey.
“Pelo que indicam as imagens parciais, não houve luta corporal nem resistência por parte da vítima. Uma possibilidade é que a vítima tenha dito algo que os desagradou”, diz o delegado.
Na ficha criminal dos detidos, constam ocorrência de roubo, tráfico de drogas e tentativa de homicídio. De acordo com depoimento colhido na delegacia, o disparo foi efetuado pelo menor de idade, mas a informação só poderá ser confirmada após exame minucioso do Instituto Médico-Legal (IML).
Na residência onde os jovens estavam escondidos, a polícia encontrou uma quantidade não informada de cocaína. Uma das bicicletas usadas no crime foi apreendida, e os policiais continuam nas buscas pela arma usada no latrocínio.
O caso
Veja o vídeo:
Informações preliminares indicam que os criminosos estavam de bicicleta, na quarta-feira (22/9), quando abordaram a vítima e anunciaram o assalto. Em seguida, um dos suspeitos atirou no adolescente, que foi socorrido, mas não resistiu ao ferimento. O celular do estudante foi levado.
Uma jovem foi abordada na QNP 5 pelos dois suspeitos, que estavam em bicicletas – uma era preta com detalhes em amarelo e a outra era vermelha. Em depoimento à polícia, o pai da vítima disse que ela foi abordada por um rapaz que vestia camisa cinza e estava com um revólver prata e teria mandado ela passar o celular. A jovem entregou o aparelho e eles fugiram. Ao chegar em casa, ela teria ouvido barulho do tiro que matou Geoffrey.