“Não era agressivo, e sim amoroso”, diz amiga de Hipster da Federal
Mais de 300 pessoas passaram pelo Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, a fim de se despedir do policial federal nesta sexta-feira (4/3)
atualizado
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Amigos, colegas e familiares do agente da Polícia Federal (PF), Lucas Soares Valença, de 36 anos, compareceram ao sepultamento do Hipster da Federal, que teve início às 8h.
Comovidos, os presentes lamentavam a morte de Lucas. Para eles, foi um fim “trágico”. Mais de 300 pessoas passaram pelo Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, a fim de se despedir.
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Parentes relataram à polícia “surto psicótico” de Hipster da Federal
“O que fica é a risada maravilhosa dele. Ele era uma pessoa inteligente, marcante, muito especial. Não dá para acreditar que ele estava com a gente anteontem”, conta a amiga do policial, Deise Menezes Rosa.
“Você pode ver, pelo tanto de gente que veio, que ele não era só especial para a gente. Eu queria que soubessem que ele não era uma pessoa agressiva, e sim amorosa”, completa.
Veja fotos da despedida do agente federal:
Durante o cortejo, colegas da PF fizeram um “corredor humano” para a passagem do caixão. Um helicóptero sobrevoou o local e deixou pétalas brancas caírem, em homenagem ao Hipster da Federal.
Confira fotos do cortejo:
Morto com tiro em Goiás
Lucas Valença foi morto ao tentar entrar em uma propriedade rural em Buritinópolis (GO), na noite de quarta-feira (2/3).
De acordo a ocorrência policial, o dono da fazenda, Marcony dos Anjos, estava em casa com a mulher e a filha de 3 anos quando “ouviu barulhos de gente em volta da sua casa e uma gritaria, com diversos xingamentos, e alguém falando que naquela casa havia um demônio”.
Em seguida, Valença teria desligado o padrão de energia e arrombado a porta. No escuro, Marcony, então, teria solicitado ao invasor que ele fosse embora, o que não aconteceu. Foi quando o dono da casa atirou.
Lucas estava com a família (mãe, padrasto e o irmão, que fazia aniversário) curtindo o feriado de Carnaval em uma propriedade rural localizada em Mambaí (GO), vizinha de Buritinópolis, onde tudo ocorreu.
Segundo a advogada da família, Sindd Campos, ele enfrentava depressão, iniciada durante a pandemia.
Na noite de segunda-feira (28/2), o policial saiu para caminhar pela região, mas teria tido um surto psicótico e não conseguiu achar o caminho de volta. Ele estava desarmado e sem telefone celular.
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