Não aguenta mais o preço da gasolina? Veja como instalar GNV no DF
Em alguns postos, o preço do combustível chegou a R$ 6,77. Duas oficinas fazem a instalação do equipamento para gás natural veicular
atualizado
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Com o valor da gasolina comum batendo R$ 6,77 no Distrito Federal, o motorista busca formas de fugir da alta de preços no Distrito Federal. Uma das opções é o uso do Gás Natural Veicular, o GNV, que oferece mais autonomia por metro cúbico que a gasolina. Em Brasília, existem apenas duas oficinas autorizadas pelo Inmetro a instalar o equipamento necessário para que o carro rode com o combustível fóssil.
Por ser seco, o GNV não provoca resíduos de carbono nas partes internas do motor, o que aumenta a vida útil do veículo, de acordo com a Petrobras. Além disso, conforme narram motoristas que rodam com gás natural, tem a vantagem do aumento da autonomia.
“O gás hoje é mais procurado pelo consumidor. Um carro que faz 10 km por litro com gasolina, vai fazer de 10 a 15 km por m³ com GNV. Você ganha na autonomia e no preço”, explica o dono de oficina que instala o kit gás no DF, Carlos Alexandre Pereira.
Segundo o empresário, nos últimos meses, ele tem convertido uma média de três carros por dia para rodar com GNV. A média de preços para instalar o kit gás num carro com motor de quatro cilindros é R$ 3,8 mil.
A procura aconteceu após alta no preço da gasolina comum, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média de preços no DF entre 5 e 11 de setembro foi de R$ 6,411.
O aumento do consumo de GNV acontece à revelia dos problemas de logística. O DF não conta com gasodutos para trazer o produto de forma barata à capital, que vem em caminhões de outros estados, o que encarece o preço, segundo a Associação Brasileira de Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).
Além disso, um único posto, que fica na Candangolândia, fornece o combustível aos motoristas. Ainda assim, o consumo do gás em Brasília cresceu 36% nos últimos seis meses. Em janeiro de 2021, a média no DF foi de 4,3 mil m³ por dia, em junho, subiu para 6,7 mil m³ por dia, segundo dados da Abegás.