Namorado de mergulhadora morta foi assassinado há um ano no Lago
Em dezembro de 2018, Patrícia Arrais e Luciano Heusner foram abordados por um criminoso, que matou o também instrutor de mergulho
atualizado
Compartilhar notícia
A mergulhadora e médica veterinária Patrícia Arrais Rodrigues da Silva, 46 anos, encontrada morta na tarde deste sábado (29/02/2020), próximo às comportas da barragem do Lago Paranoá, já tinha sido vítima de outro crime. Em dezembro de 2018, em uma estrada de terra no Lago Sul, o então namorado dela e instrutor de mergulho, Luciano Heusner, 41 anos, foi assassinado após os dois serem abordados por um assaltante, que portava uma faca e uma arma de fogo.
O caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo as investigações, o criminoso exigiu que o motorista parasse o veículo. Depois, ele amarrou Patrícia e a deixou no mato. Quando ela conseguiu se soltar, encontrou o namorado já sem vida. Ele também estava amarrado e tinha diversas perfurações de faca no corpo.
Luciano teria deixado Patrícia na região mais cedo para que ela praticasse mergulho no Lago Paranoá. E os dois foram abordados quando ele foi buscá-la. O criminoso levou o veículo, aparelhos celulares, objetos pessoais, equipamentos de mergulho, roupas, cartões bancários, documentos e um notebook das vítimas.
O carro roubado foi localizado abandonado na DF-150, nas proximidades do Condomínio Lafan, no Paranoá. O crime ocorreu na estrada de terra ao lado do Centro de Convenções Israel Pinheiro, próximo à Ql 32 do Lago Sul, às margens do Lago Paranoá.
Desde 2017, Patrícia era sócia-proprietária de uma escola de mergulho. Ela dava diversos cursos na área, inclusive de resgate e primeiros socorros.
Morte
O corpo da mergulhadora foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), neste sábado, já sem sinais vitais. A corporação foi acionada por um servidor da Caesb, por volta de meio dia. Ele pensava se tratar de uma pessoa se afogando.
Os bombeiros utilizaram uma moto aquática (jet ski), uma embarcação, uma viatura de salvamento terrestre e um helicóptero, num total de dezessete militares, às 12h50 (29/02).
Patrícia estava equipada com material para execução de mergulho autônomo. Segundo os bombeiros, não foi possível adotar nenhuma medida de reanimação. Ainda não se sabe o motivo da morte.