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Naime presta depoimento no STF e elogia Moraes: “Precisava de reação”

Coronel que ficou mais de um ano preso por determinação de Moraes, e está em liberdade provisória, elogia reação de ministro contra 8/1

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CPMI do 8 de Janeiro ouve o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal 3
1 de 1 CPMI do 8 de Janeiro ouve o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal 3 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O coronel Jorge Eduardo Naime, policial militar réu pelo 8 de Janeiro que se transformou em uma espécie de ícone da direita, elogiou o ministro Alexandre de Moraes enquanto passava por audiência no Supremo Tribunal Federal (STF). Respondendo ao processo hoje em liberdade provisória, Naime prestou depoimento de forma virtual nesta terça-feira (21/5) e começou o discurso agradecendo Moraes.

“Os atos [de 8 de janeiro] foram muito graves, não podemos admitir que tornem a acontecer dentro de um Estado democrático de direito. As medidas do STF deveriam ter sido tomadas, agradeço algumas inclusive. […] Precisava de uma reação do Alexandre de Moraes”, declarou.

Naime ressaltou por diversas vezes, ainda, que estava de licença na data, uma licença foi publicada e autorizada, e que não participou de planejamento nenhum em relação do 8 de Janeiro.

Ele chegou a ficar 461 dias preso, tendo solicitações de liberdade provisória negadas pelo ministro, mas recebeu autorização para voltar para casa em 13 maio deste ano. O coronel teve prisão preventiva decretada em 1º de fevereiro de 2023, efetivada seis dias depois e, posteriormente, reavaliada e mantida por meio de 10 decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal.

Advogado de defesa de Naime, Bruno Jordano emitiu nota reafirmando a “confiança na Justiça e nas Instituições”. “A instrução foi esclarecedora e trouxe entendimento sobre os fatos. Esperamos agora que a Justiça seja reestabelecida e que o processo se encerre com a decisão de absolvição.”

Durante o período em que esteve preso, Naime recebeu apoio público de diversos parlamentares da direita. Em julho de 2023, por exemplo, um grupo de 19 senadores e deputados federais apresentaram requerimentos à CPMI dos Atos Antidemocráticos fazendo apelo pelo pela soltura do coronel. Recentemente, Bia Kicis comemorou a liberdade do PM, chamando ele de “coronel honrado”.

O policial militar é réu no processo que investiga possíveis omissões de membros da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) frente aos atos antidemocráticos.

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Sessão da CPMI é suspensa após coronel José Eduardo Naime se emocionar
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Ex-comandante do Departamento de Operações (DOp) da PM-DF também foi indiciado no relatório final

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PGR se manifestou pela soltura do coronel Jorge Eduardo Naime

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O ex-comandante de Operações da PMDF Jorge Eduardo Naime

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Jorge Naime criticou decisão de manter acampamento, em ofício enviado ao comandante da PMDF

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Quem é Jorge Eduardo Naime

Ex-comandante de Operações da PMDF, Jorge Eduardo Naime foi preso no âmbito da quinta fase da Operação Lesa Pátria. Ele atuava como chefe do departamento desde abril de 2021, e tem formação em direito, com bacharelado em Segurança Pública pela Academia de Polícia Militar de Brasília.

Naime já atuou na área de contratos administrativos, licitações e convênios federais, dentro e fora da PM. Então comandante de Operações da PMDF no dia 8 de janeiro de 2023, Naime pediu folga e foi dispensado na véspera das invasões dos Três Poderes. Após os atos, a Corregedoria da Polícia Militar chegou a iniciar uma apuração para investigar se ele retardou a tropa intencionalmente para permitir a fuga de manifestantes.

O coronel foi exonerado do cargo que ocupava dias após os atos golpistas, mas negou as acusações. Um registro de ocorrência feito pela ex-esposa dele denunciava que Naime também teria tentado fugir com os filhos por medo de ser preso após os atos antidemocráticos.

 

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