Na Praia procura espaço particular para realizar festival no DF
Produtora quer fugir de exigências para uso de áreas públicas e investir em lugar que poderá ser locado por até 10 anos
atualizado
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Um dos eventos mais tradicionais de Brasília, o Na Praia tem procurado espaço alternativo para receber as próximas edições. A prioridade é que a área seja de propriedade particular, o que reduziria consideravelmente o desgaste da produtora R2 com os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), indispensáveis na emissão de licenças e alvarás para ocupação da Orla do Lago Paranoá.
Como todo evento realizado em área pública, a produtora precisa cumprir uma série de exigências do Executivo. No ano passado, o grupo empresarial teve de lidar com a adrenalina até às vésperas da estreia para conseguir toda a papelada necessária. Ingressou na Justiça a fim de garantir a abertura do parque temático sazonal.
Diante das dificuldades burocráticas, a R2 passou a buscar alternativas em ambiente privado. Não descarta o aluguel em espaço público à beira-lago, já que o período do festival se aproxima, mas passou a investir esforços na busca de um local que possa ser o endereço da festa pelos próximos anos.
O principal objetivo é não ter de lidar com o poder público. Além de evitar problemas com o governo, a mudança abriria a chance para que os organizadores fizessem investimentos de longo prazo na montagem da decoração, acústica e serviços. Atualmente, toda a estrutura é removida após o encerramento da programação.
Ao Metrópoles, a organização do Na Praia informou que “o terreno próximo à Concha Acústica está reservado para o festival para os próximos três anos. Ainda assim, a produção busca novos espaços que possam receber eventos de grande porte em Brasília. A decisão deve ser deliberada nos próximos meses”.
Procurada, a Administração de Brasília confirmou que ainda não houve o pedido oficial para uso do espaço público pelo festival.