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Na Papuda, Lázaro participou de cursos sobre comportamento sexual

A determinação ocorreu após pedido feito pela Vara de Execuções Penais para realização de laudo criminológico sobre Lázaro Barbosa, 32 anos

atualizado

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Reprodução/PCDF
Lázaro, suspeito de triplo homicídio
1 de 1 Lázaro, suspeito de triplo homicídio - Foto: Reprodução/PCDF

Com relatos de crimes desde 2008, histórico de estupros, assassinatos, prisões e fugas, Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, tem mandado de prisão em aberto no DF. O suspeito de ser o autor de uma chacina no Incra 9, em Ceilândia, além de estuprar mulheres, queimar casas e atirar contra a polícia, começou a cumprir pena de 15 anos, oito meses e 19 dias pelos crimes. Porém, após progredir para o regime semiaberto, o maníaco fugiu, foi recapturado em Águas Lindas (GO) e escapou de novo.

Diante da busca por Lázaro, que dura 10 dias, a Vara de Execuções Penais (VEP) fez um levantamento sobre o perfil dele na Justiça. De acordo com documentos oficiais, o sentenciado Lázaro Barbosa começou a cumprir pena no DF em 26 de agosto de 2010 devido a crimes de roubo e estupro cometidos em 2009. Nesse caso, acabou condenado à pena total de 12 anos, 8 meses e 19 dias.

Depois disso, chegou aos autos outra condenação, com pena de 3 anos, devido a crime cometido em Corumbá de Goiás, totalizando, assim, 15 anos, 8 meses e 19 dias de punição, tendo sido unificadas as penas no regime fechado por decisão proferida em 19 de julho de 2013.

Necessidade de cursos

Em 15 de agosto de 2013, antes de decidir acerca do pedido de progressão ao regime semiaberto e concessão de benefícios externos, a VEP no DF determinou a realização de exame criminológico. O laudo psicológico feito no âmbito de um dos processos contra Lázaro Barbosa, em 2013, constatou que o homem tem características de personalidade violenta, como agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade e instabilidade emocional.

“O Laudo de Exame Criminológico nº 371/2013 concluiu que Lázaro deveria ser submetido a diversos cursos”, diz o documento redigido pela VEP. Dessa forma, Lázaro foi transferido da Penitenciária do Distrito Federal (PDF 2) para o Centro de Internamento e Reeducação (CIR), para que fosse incluído nos tratamentos sugeridos no laudo criminológico.

“Assim, o sentenciado participou, no CIR, satisfatoriamente de todos os encontros do Grupo de Relações Pessoais voltados para sensibilização, orientação e educação no âmbito do comportamento sexual, com relatório expedido em 26 de setembro de 2014”, diz relatório da VEP. Os cursos tinham como finalidade posterior a integração de Lázaro à sociedade.

O suspeito da chacina de Ceilândia trabalhou as temáticas relativas a: “Legislação: Lei 12015/09, Lei Maria da Penha e Estatuto da Criança e do Adolescente; Sexualidade saudável e parafilias; Estratégias de enfrentamento: assumir, entender, mudar; Empatia: colocar-se no lugar da vítima; Compreensão de fatores de risco e fatores protetores”, segundo a VEP.

Lázaro ainda participou do Programa de Sensibilização para Usuários de Substâncias Psicoativas, com relatório expedido em 28 de julho de 2015. Ele aprendeu sobre drogas e seus tipos, efeitos e consequências biológicas; dependência física e psicológica; fatores de risco e fatores de proteção, entre outros.

Trabalho via Funap

Após cumprir as exigências contidas no laudo, Lázaro foi beneficiado com trabalho externo, via  Funap, em janeiro de 2016.

“Cabe destacar que o sistema de cumprimento de pena vigente no ordenamento jurídico brasileiro é progressivo. Isso significa que a pessoa progride do regime mais grave para o menos grave, na medida em que for atingindo os lapsos temporais previstos na LEP. O Brasil não contempla pena de prisão perpétua nem pena de morte”, afirmou a VEP em relatório sobre Lázaro.

Após decisão concessiva de trabalho externo, ele chegou ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em 26 de janeiro de 2016, e fugiu em 28 de março do mesmo ano.

A VEP/DF expediu o mandado de prisão para recaptura em 20 de abril de 2016, que resultou na detenção de Lázaro, em Águas Lindas de Goiás, em 7 de março de 2018. Ele foi recapturado, mas fugiu de novo, em 2018.

Chacina

Em 9 de junho de 2021, as digitais dele foram encontradas na casa da família Vidal. Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Pai e dois filhos teriam sido mortos por Lázaro a tiro e facadas, no Incra 9, em Ceilândia.

Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O corpo dela foi encontrado no dia 12, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.

Desde que matou a família Vidal, Lázaro invade propriedades e faz outras vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele invadiu mais dois locais. Em Goiás, ele tem se escondido na região entre Girassol, Edilândia e Cocalzinho, Entorno do DF.

Família Vidal:

4 imagens
Cleonice Marques de Andrade
Carlos Eduardo Marques Vidal
Gustavo Marques Vidal
1 de 4

Cláudio Vidal de Oliveira

2 de 4

Cleonice Marques de Andrade

3 de 4

Carlos Eduardo Marques Vidal

4 de 4

Gustavo Marques Vidal

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