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Na Papuda, 147 presos do DF foram diagnosticados com HIV em 10 anos

Dados da Seape-DF, obtidos pelo Metrópoles, apontam que houve 147 casos de presos que foram diagnosticados com HIV desde 2014

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Imagem colorida de fita vermelha símbolo do HIV, pílulas de remédio e estetoscópio - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de fita vermelha símbolo do HIV, pílulas de remédio e estetoscópio - Metrópoles - Foto: Getty Images

Dados da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), obtidos pelo Metrópoles, apontam que houve 147 casos de presos que foram diagnosticados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no Complexo da Papuda desde 2014.

Além disso, também existem 724 registros de presos com Sífilis.

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico
O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas
O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais
Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids

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Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico

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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas

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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais

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Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos

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O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus

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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus

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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses

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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais

Joshua Coleman/Unsplash
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Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV

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É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo

Keith Brofsky/Getty Images

A pasta informou que são realizadas palestras de aconselhamento para os custodiados quanto ao uso de preservativos nas relações sexuais e do compartilhamento de objetos pessoais, além da distribuição de preservativos para nas visitas íntimas e ao público LGBTQIA+.

Segundo os profissionais da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) que atuam nas unidades prisionais, há o acompanhamento rotineiro das pessoas com HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) desde o diagnóstico.

O acompanhamento e tratamento pós-diagnóstico podem começar logo depois da entrada do custodiado no sistema penitenciário e consiste no diagnóstico precoce e pós-teste, além do fornecimento da medicação necessária para o controle da doença e, quando necessário, do tratamento assistido.

Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids no Brasil, comenta que as prisões brasileiras enfrentam um estado de precariedade sistêmica. A especialista indica que, no caso do HIV, há também o estigma.

“Além disso, as populações-chave (mais expostas às condições de risco do HIV) também estão no sistema prisional. Considerar a população carcerária como um grupo homogênero nos impede de compreender as dinâmicas muito particulares às quais homens que fazem sexo com homens, gays e pessoas trans estão submetidas. Precisamos avançar na resposta ao HIV que considere a integralidade do sujeito privado de liberdade”, ressalta Velasquez.

O HIV pode causar a aids. O vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças, sendo capaz de alterar o DNA de células, como os linfócitos, que trabalham na proteção do organismo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

HIV no DF

De acordo com informativo epidemiológico, divulgado pela SES-DF no ano passado, foram notificados 3.684 casos de infecção pelo HIV e 1.333 casos de aids entre 2018 e 2022.

Nesse período, observou-se uma tendência de redução do coeficiente de detecção de aids por 100 mil habitantes, de 9,8 no ano de 2018, para 7,3 no ano de 2022.

O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) registrou, no Distrito Federal, no período de 2018 a 2022, 484 óbitos tendo a aids como causa básica. O coeficiente de mortalidade (por 100 mil habitantes) apresentou uma redução de 18,2%, passando de 3,8 em 2018 para 2,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2022.

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