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“Você não sabe quem eu sou”, disse jovem preso após racismo contra PM

Suspeito é Patrick Sóstenes de Souza Ferreira, de 26 anos. Ele foi autuado por injúria racial, furto, desacato, ato obsceno e porte de droga

atualizado

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Patrick Sóstenes suspeito por injúria racial
1 de 1 Patrick Sóstenes suspeito por injúria racial - Foto: Reprodução

“Você não sabe quem eu sou. Eu não sou negro para ser abordado por policial negro”. Estas foram as frases ouvidas pelo 2º sargento da PMDF Shemeoerk Apoliano, após abordar um jovem de 26 anos na orla do Lago Paranoá, no sábado (9/7), área nobre do DF. O suspeito foi identificado como Patrick Sóstenes de Souza Ferreira, preso em flagrante acusado de injúria racial. Se condenado, pode pegar pena de 1 a 3 anos de reclusão.

“Estávamos patrulhando a região da Vila Planalto quando encontramos o rapaz caído no chão. Testemunhas relataram que ele foi colocado para fora [de um bar na orla], porque estava assediando mulheres e perturbando pessoas. Quando pedimos para ele se virar de costas, ele revidou dizendo que não seria abordado por policial negro”, relatou.

Diante da atitude, os PMs deram voz de prisão ao jovem que também relutou ao ser colocado no cubículo da viatura. “Ele tentou intimidar a equipe. Disse que estudava na Espanha, falava três idiomas e que não sabíamos com quem estávamos falando”, acrescentou.

Imagens de câmeras de segurança mostram Patrick dentro do bar, sem camisa, antes de ser expulso do local. Nas filmagens é possível ver o rapaz cambaleando, flertando com mulheres e discutindo com um homem.

Veja:

 

 

O caso

Patrick acabou preso em flagrante por, além de cometer injúria racial, furtar o interior de barcos, mostrar as partes íntimas para pessoas que estavam no local e por uso e porte de drogas.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), quando a Polícia Militar (PMDF) foi acionada, o jovem estava desacordado e tinha lesões no rosto e na cabeça. O dono do estabelecimento informou que ele teria roubado bebidas alcóolicas do bar, subtraído um celular em uma lancha e ainda assediado mulheres, mostrando-lhes as partes íntimas. Patrick tinha sido agredido por clientes que estavam no estabelecimento, por isso estava ferido quando abordado pela equipe do sargento Shemeoerk Apoliano.

Policiais militares encontraram um comprimido de ecstasy no bolso de Patrick. Quando os PMs tentaram detê-lo, o suspeito afirmou, de forma agressiva e tentou agredir a equipe. Patrick teria, ainda, chamado os militares de “covardes e filhas da p*ta”, segundo registro policial.

Depois o jovem teria perguntado aos PMs se eles sabiam com quem estavam falando e afirmou ser filho de “uma pessoa importante”. Após ser contido, o suspeito foi levado à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) e posteriormente encaminhado ao Hospital de Base.

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