Vítima de feminicídio no DF teve dedos decepados ao tentar se defender
Além disso, a mulher levou três facadas na cabeça e uma na axila esquerda. Crime ocorreu na manhã desta terça-feira (1º/2) no SIG
atualizado
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A mulher de 51 anos que morreu esfaqueada nesta terça-feira (1º/2) teve alguns dedos decepados pelo genro ao tentar defender-se dos ataques. O crime ocorreu em frente à Papelaria ABC, na Quadra 2 do Setor de Indústrias Gráficas (SIG).
Homem mata a sogra após mulher pedir medidas protetivas no DF
De acordo com uma testemunha da agressão, o homem teria desferido os golpes contra a sogra com muita violência. Depois, fugiu em direção ao Eixo Monumental. O facão usado no crime teria ficado no chão.
“O cara bateu com raiva. Não foi roubo, foi assassinato. Dava para ouvir o barulho da porrada. Até achei que fosse uma barra de ferro, mas, depois, vi que era uma faca, pelo movimento do braço. O pessoal queria sair correndo atrás dele, mas disse que não”, afirmou uma testemunha, que não quis se identificar.
Além das mãos decepadas, a mulher levou três facadas na cabeça, uma na axila esquerda. Quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local, a vítima estava em parada cardíaca devido à hemorragia.
O Metrópoles apurou que o homicídio ocorreu em consequência de uma briga entre o genro e a filha da vítima. A mulher decidiu denunciar o companheiro e pediu medidas protetivas. Com raiva, o homem teria ameaçado a sogra e, ao encontrá-la em um ônibus, a esfaqueou.
A vítima havia saído de São Sebastião e seguia para trabalhar como diarista na casa de uma família. O assassino a seguiu ao longo desse caminho.
Um parente da vítima esteve no local, levantou o lençol e foi embora de motocicleta.
Feminicídios no DF
Este é o terceiro caso de feminicídio no Distrito Federal em 2022. A primeira vítima do ano, Eliuda Velozo, 35 anos, foi encontrada morta com pancadas na cabeça e seminua em um matagal de Santa Maria, no sábado (22/1). A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura ainda se Eliuda foi estuprada e a causa da morte.
Dois dias depois, Kelle Cristina Pereira da Silva, 23, foi encontrada morta dentro de um poço, em uma chácara de Brazlândia. O ex-companheiro, que não teve o nome divulgado pela polícia, é o principal suspeito. O homem cometeu suicídio após depoimento contraditório.
Segundo informações da PCDF, o ex-companheiro não aceitava o término do relacionamento.