Vídeo: PF investiga motoristas que desviavam encomendas dos Correios
Os investigados trabalham em empresas terceirizadas. As apurações tiveram início em 2019
atualizado
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Funcionários de empresas terceirizadas dos Correios são alvos da Polícia Federal nesta quarta-feira (2/2). Os investigados são suspeitos de desviar e furtar encomendas, em especial celulares. As pessoas que recebiam os produtos também são alvos. São cumpridos quatro mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, nos municípios Vitória, Viana Guarapari e Domingos Martins.
A ação conta com a participação de 26 policiais, incluindo 10 integrantes do Grupo de Pronta Intervenção (GPI-ES), e teve como objetivo, além do cumprimento da ordem judicial, a obtenção de novos elementos de prova para a conclusão das investigações.
A investigação teve início em 2019, quando a Polícia Federal foi informada sobre a ocorrência de roubos de cargas e encomendas postais transportadas por empresas a serviço dos Correios. À época, os motoristas prestaram depoimento afirmando que, durante o deslocamento, foram interceptados por criminosos. Na ocasião, o bando fugiu com os produtos roubados.
Versões divergentes
Segundo a PF, as apurações demonstram que as narrativas apresentadas pelos motoristas possuíam incompatibilidades com as informações obtidas pelos policiais. O avanço das ações revelou indícios de que a carga teria sido extraviada com o auxílio desses condutores e adquirida por um receptador que revendeu parte da mercadoria na cidade de Domingos Martins (ES).
A PF agora prosseguirá com a análise do material apreendido para revelar a exata extensão dos crimes praticados e qual a participação de cada um dos investigados.
Alerta
A Polícia Federal faz um alerta para a pessoas que adquirem produtos com valores muito abaixo dos praticados pelo comércio formal, em especial os telefones celulares, pois podem estar adquirindo produtos oriundo de crime.
A polícia tem como chegar a estes aparelhos e, a depender das circunstâncias, o comprador poderá também responder pelo crime de receptação.
“Busque saber a procedência desses produtos, exija nota fiscal e, do contrário, não adquira, pois é a aquisição deles que movimenta a ação dos criminosos que se dispõe a furtar e a roubar esses objetos”, aconselhou a corporação.