Vídeo: PF acha dólares em parede durante operação contra traficante
Os criminosos lavaram ao menos R$ 4 bilhões. Os valores são provenientes do tráfico de drogas
atualizado
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Policiais federais encontraram notas de dólar escondidas na parede da casa de um dos investigados nas operações Sucessão e Fluxo Capital, deflagradas nesta quinta-feira (3/2). O objetivo é desarticular organização criminosa que atua com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
Durante as investigações, a PF constatou uma movimentação financeira de R$ 4 bilhões pelas empresas controladas direta ou indiretamente por um dos alvos. Foram apreendidos, aproximadamente, R$ 12 milhões em dinheiro no curso das apurações.
Ao todo, 39 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão temporária foram cumpridos no Paraná, em São Paulo, Roraima, no Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, além do cumprimento de sete de busca e apreensão no Paraguai.
Também foram deferidos sequestro de imóveis, bloqueio de valores em contas bancárias e suspensão das atividades das empresas envolvidas e das licenças profissionais (CRC) dos contadores investigados.
Cabeça branca
A Operação Sucessão é um desdobramento da Operação Spectrum, que resultou na prisão de Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como Cabeça Branca, considerado um dos maiores traficantes de drogas do Brasil. Nesta manhã, foram cumpridas medidas judiciais em desfavor de familiares do traficante que o auxiliaram na lavagem do dinheiro de origem ilícita.
Já a Operação Fluxo Capital tem como objetivo desmantelar organização criminosa responsável por lavagem do dinheiro por meio de movimentações milionárias, com a utilização de “laranjas”, empresas de fachada e contadores.
As investigações demonstraram que o grupo não se limitava à lavagem do dinheiro do traficante Cabeça Branca, tendo relação também com diversas outras organizações criminosas atuantes em território nacional, envolvidas em outros delitos, além do tráfico de drogas.
Casas de câmbio
O controle da movimentação do dinheiro era feito por doleiros, donos de casas de câmbio instalados no Paraguai. Após o compartilhamento de informações com a Secretaria Nacional Antidrogas e com o Ministério Público do Paraguai, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em território paraguaio.
Os nomes das operações fazem alusão, respectivamente, ao fato de os alvos serem familiares do traficante Cabeça Branca e à vultuosa quantia de dinheiro movimentada pela organização criminosa.