Vídeo: em carros tunados, Klebim fazia manobras ousadas nas ruas do DF
Youtuber está preso no complexo da Polícia Civil e passará por audiência de custódia ainda nesta terça-feira (22/3)
atualizado
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Aficionado por alta velocidade e carros tunados, o youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, conhecido na internet como Klebim, costumava desafiar a lei fazendo manobras perigosas nas ruas do Distrito Federal. Em vídeo gravado em fevereiro deste ano, no Guará I, o influenciador digital, preso por lavagem de dinheiro na segunda-feira (21/3), aparece acelerando um carro, modelo Ômega. O veículo foi modificado para ficar rebaixado.
As imagens mostram o blogueiro entrando em uma das vias principais da região de forma brusca. Ele segue em alta velocidade. Toda a exibição é registrada por um carro que o acompanhava. Confira:
Em outros vídeos divulgados pelo influencer nas redes sociais, também é possível ver manobras arriscadas feitas a bordo de carros luxuosos, como BMW, Mercedes e Ferrari.
Prisão
Conforme a coluna divulgou, em primeira mão, na segunda-feira (21/3), Kleber Rodrigues de Moraes foi um dos principais alvos da Operação Huracán, desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele está preso no complexo da Polícia Civil e passará por audiência de custódia ainda nesta terça (22/3).
A ação desmantelou um esquema criminoso envolvendo rifas clandestinas e lavagem de dinheiro, que rendeu milhões de reais ao youtuber. As investigações apontaram que uma sofisticada rede de laranjas era usada para ocultar a fortuna amealhada com o sorteio de veículos de luxo.
Veja quem é o influencer Klebim Moraes:
Youtuber do DF com 4 mi de seguidores é preso por lavagem de dinheiro
De acordo com a Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), o influenciador contava um pelotão ilegal para movimentar fortunas em suas contas bancárias na tentativa de ocultar e lavar o dinheiro. Auxiliar de mecânico, secretária, supervisor de serviços gerais e até radialista foram alguns dos profissionais usados por Klebim para depositar e transferir grandes quantias.
Em uma delas, um homem identificado como auxiliar de oficina de motopeças fez quatro depósitos para o investigado, totalizando R$ 190 mil. A DRF descobriu que as transações bancárias eram incompatíveis com o patrimônio dele. Mesmo com renda humilde, o mecânico movimentou R$ 3,4 milhões em um período de seis meses.
Veja fotos da operação:
Mais depósitos
A rede de laranjas atuava de forma frenética, fazendo depósitos em sequência para a conta do influenciador digital. Um homem, que tem a profissão de radialista, fez 76 transferências bancárias para a conta de Klebim. Em curtos períodos de tempo, os testas de ferro repassavam quantias altíssimas.
Uma mulher com renda mensal de R$ 1,2 mil foi flagrada movimentando quase R$ 600 mil em três meses. Supostamente, todos os laranjas simulavam o pagamento por serviços publicitários contratados pela empresa Estilo DUB, de propriedade do youtuber.
A PCDF, no entanto, não conseguiu encontrar qualquer serviço, de fato, prestado pela empresa, caracterizando a fachada criada para lavar o montante. A suspeita sobre a atividade financeira também chamou a atenção pelo fato de os depósitos serem efetuados em terminais de autoatendimento localizados em diversas praças, o que é incomum com o perfil de pessoa física e dificulta a identificação da origem de parte dos recursos.
A operação
As apurações da Operação Huracán apontaram que o influenciador digital utiliza seus perfis nas redes sociais para promover e realizar sorteios de veículos de luxo, com sofisticados sistemas de som e customização. Klebim e outros três alvos foram presos temporariamente pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.
Apenas no Instagram, Klebim tem cinco perfis: o pessoal, com 1,4 milhão de seguidores; Estilo Dub (1,3 milhão); Guincho Dub (12,5 mil), Dub Shop (119 mil) e Dub House (332 mil). Além disso, ele mantém um canal no YouTube com 1,27 milhão de inscritos. Já no TikTok, o número é de 1.207. O total de seguidores em todas as redes alcança a marca de 4,4 milhões.
