O filho de um oficial do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) protagonizou uma grande confusão, na madrugada desta sexta-feira (3/12), em Vicente Pires. Matheus Passos Bezerra, 28 anos, estava em uma BMW quando deu ré no veículo e bateu em um carro estacionado na via.

Bezerra estava visivelmente embriagado, carregava garrafas de cerveja no carro e fugiu do local do acidente em alta velocidade. Toda a ação foi filmada.

A colisão aconteceu por volta das 3h, na Rua 12, em frente a uma loja de festas. A vítima, que trabalha como comerciante na região, explicou que estava no local com amigos quando Matheus Bezerra, ao dar ré, bateu em seu carro.

Veja o vídeo:

O homem relata que chegou próximo à BMW do autor e viu diversas garrafas de cerveja. As pessoas que estavam no local tentaram conversar com o motorista, que fugiu. Como não houve acordo sobre o dano, a Polícia Militar foi acionada.

Um policial militar detalhou que foi chamado por volta das 3h40 para atender uma ocorrência, a princípio, de “vias de fato”. Ao chegar ao local, a equipe se deparou com um acidente de trânsito sem vítima e localizou apenas uma das partes envolvidas.

A guarnição foi até o endereço de Matheus e o encontrou na garagem do imóvel. Ele estava sem camisa e visivelmente alterado. Reclamou com os policiais e disse que o ato se tratava de uma “vaidade de capitão”, se referindo à patente dos militares.

A todo momento, o autor chamava pelo pai e se recusou a fazer o teste etilômetro. Em seguida, o pai do motorista apareceu e se identificou aos policiais apenas como “major do CBMDF”. A coluna apurou que trata-se de Ramildo Etisson Bezerra.

O oficial disse ter conhecimento que, “se autorizasse a entrada da guarnição no local, a situação de seu filho estaria pior”. Alegou que estava ciente do que estava acontecendo e que arcaria com as consequências dos atos do rapaz.

O PM respondeu que o bombeiro dificultava o trabalho da polícia e acrescentou que Matheus Bezerra injuriou a guarnição, chamando a equipe de “seus bostas” e “PMs de merda”.

Em determinado momento, o autor subiu no telhado do vizinho para continuar xingando os policiais. Com a negativa para entrada na residência, os policiais seguiram para a delegacia com a vítima para o registro dos fatos.

Ramildo Bezerra chegou a ir à unidade policial, mas não levou o filho.