Vídeo: “Don Juan” procurado por dever pensão é preso em Águas Claras
Policiais civis da 15ª DP prenderam empresário “Don Juan” que era procurado por dívida de R$ 55 mil referente a pensão alimentícia
atualizado
Compartilhar notícia
Agentes da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) prenderam Pedro Bettim Jacobi, procurado por dever R$ 55.471,81 referente a pensão alimentícia, nesta sexta-feira (26/7). Conhecido como “Don Juan”, o empresário é ligado a uma série de crimes, principalmente golpes financeiros, e ostentava uma vida de luxo nas mídias sociais.
Pedro foi preso em um apartamento na área residencial do DF Plaza, em Águas Claras. A Justiça do Distrito Federal emitiu mandado de prisão contra ele em 16 de julho, quando ele passou a ser considerado foragido.
Veja momento da prisão:
Histórico de prisões
Em dezembro de 2017, o empresário foi detido pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) por violência doméstica. Pedro estava em uma chácara em Brazlândia.
O pedido de prisão detalhava que o empresário havia ameaçado a ex-companheira ao se aproximar dela e gritar, de dentro de um veículo: “Acaba com os processos ou vou acabar com sua vida”. As ameaças se deram, inclusive, quando a vítima estava amparada por medidas protetivas.
A delegada Sandra Gomes Melo, à época na Deam, contou que Pedro tentou fugir quando a polícia foi à casa dele. O agressor saiu de carro em alta velocidade, mas foi perseguido e preso na BR-080. “Ele era muito difícil de ser localizado. Bem o perfil do estelionatário”, afirmou a investigadora.
Golpes e ostentação
Em 2017, o empresário foi condenado a pagar R$ 14,2 milhões ao filho de um senador da República e à mulher de um ex-presidente do fundo de pensão do Banco do Brasil, a Previ. A decisão partiu da 19ª Vara Cível de Brasília.
O imbróglio, revelado pelo Metrópoles em 9 de agosto de 2017, detalhou que Pedro procurou as vítimas em 2009, com uma proposta de aplicação que prometia render uma fortuna, mas deixou os investidores no prejuízo.
Em outra investigação, Jacobi chegou a ser indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por furto qualificado, estelionato, apropriação indébita e extorsão. Ele é acusado de transferir cerca de R$ 600 mil da conta da ex-mulher, uma advogada de 36 anos, sem autorização dela. Também teria roubado cheques e se apropriado de bens da vítima, como um Porsche Panamera, avaliado em mais de R$ 500 mil.
Após o fim do relacionamento, a vítima alegou que o empresário ainda teria furtado dados sigilosos dos clientes do escritório dela, conversas pessoais armazenadas no celular da advogada e que a chantageava para que o conteúdo não fosse divulgado. Todas as acusações constam no inquérito policial da época.
O Metrópoles não conseguiu contatar a defesa do empresário Pedro Bettim Jacobi. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.