Vídeo: assassino tentou roubar guincho após matar segurança em bar
Atirador Felype Barbosa da Silva rendeu motorista de guincho e tentou fugir no veículo após atirar contra 6 pessoas em bar no Riacho Fundo 2
atualizado
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Após atirar contra seis pessoas em um bar no Riacho Fundo 2 e matar uma delas, no último domingo (13/10), o empresário Felype Barbosa da Silva, 27 anos, rendeu o motorista de um guincho e tentou roubar o veículo para fugir do local do crime.
Imagens obtidas pela coluna Na Mira mostram quando o caminhão chegou perto do estabelecimento. Em seguida, Felype rendeu o motorista do guincho, que desceu e correu em direção ao comércio próximo.
No entanto, sem conseguir dirigir o caminhão, o atirador desistiu, desembarcou e escapou a pé em direção ao Recanto das Emas.
As imagens foram usadas pelas equipes do 28º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Riacho Fundo, para tentar encontrar o criminoso após o tiroteio. O empresário foi preso na noite dessa segunda-feira (14/10).
Assista:
Criminoso não quis pagar cervejas
Os tiros disparados por Felype no Puxadinho Gastrobar acertaram também o agente de segurança Jorny Thiago Abreu Adorno, 23, que não resistiu aos ferimentos. Além dele, um menino de 10 anos foi baleado e está em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base (HBDF).
Delegado adjunto da 29ª Delegacia de Polícia Civil (Riacho Fundo), Sérgio Bautzer afirmou que Felype matou Jorny Thiago ao tentar sair do bar sem pagar. “Por causa de quatro, cinco cervejas que ele não queria pagar, ele teve um desentendimento com o segurança”, ressaltou o investigador.
Além disso, o criminoso, que não tinha antecedentes criminais, não era autorizado a ter ou portar arma de fogo, segundo o delegado. “Ele não é colecionador, atirador nem caçador [CAC]”, completou Sérgio Bautzer.
A 29ª DP ainda procura pela arma usada no crime, a qual Felype teria jogado em uma mata. Além do modelo e do calibre, os investigadores querem descobrir a origem e a quem o item pertencia de fato.
“Parte de mim ficou [no túmulo]”
Dezenas de pessoas lotaram a Capela 2 do Cemitério de Taguatinga, na tarde desta terça-feira (15/10), para se despedir de Jorny Thiago. Desolada e aos gritos, a mãe do jovem, Joseane Abreu, 41, pediu por justiça: “Eu não vim para Brasília para enterrar meu filho. Meu filho não é bandido”.
A psicóloga se mudou de Ibotirama (BA) para a capital federal há nove anos, com Thiago e os outros dois filhos – atualmente com 17 e 8 anos.
“Injustiça, barbaridade, impunidade, vazio, sentimento de impotência.” Assim que Joseane descreveu a sensação diante da partida precoce do filho. “Por causa de um bandido, ali [no túmulo] ficou uma parte de mim. Que o assassino dele pegue pena máxima”, desabafou a mãe.
Veja imagens do velório:
Morador de Samambaia, Jorny Thiago trabalhava como segurança havia cerca de um ano e estudava para concursos, com foco no certame da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Sabendo do desejo do jovem de ingressar na corporação, a PMDF concedeu a Thiago a medalha de honra ao mérito. “Eu criei meu filho com integridade e, hoje, vi que valeu a pena”, completou Joseane, em agradecimento pela homenagem.