Vídeo. Advogado preso por injúria humilha funcionário da OAB: “Pobre”
Everardo Lopes foi preso nessa quarta-feira (15/12), por injúria racial, após chamar jovem de “preta” e “fedorenta” em supermercado
atualizado
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O advogado Everardo Braga Lopes, 60 anos, preso no Distrito Federal após chamar uma jovem de 25 anos de “preta” e “fedorenta”, acumula ocorrências na Polícia Civil do DF (PCDF). No último dia 10, ele esteve envolvido em mais um caso, ao humilhar um homem na subseção de Planaltina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em vídeo, funcionários aparecem pedindo para que Everardo se retire do local, uma vez que o advogado já teria atrasado o fim do expediente em mais de quatro horas. Conforme consta no site da OAB-DF, o funcionamento da subseção é das 9h às 18h.
A imagens teriam sido gravadas por volta de 23h. Na sala, há também policiais militares. Um deles sugere que o advogado conclua o trabalho em casa, mas mesmo após os pedidos, Everardo se nega a ir embora, argumentando que teria que entregar documentos antes das 23h59 e que não sairia da unidade antes de enviá-los. Alterado, ele xinga um dos funcionários de “merda” e “pobre”.
Um dos homens ainda afirma no vídeo que Everardo teria dito que estava armado. O advogado nega, dizendo que os policiais militares poderiam revistá-lo.
Veja:
Ocorrências na polícia
O Metrópoles apurou que Everardo é tido como investigado em pelo menos 12 ocorrências registradas na PCDF, sendo nove abertas contra ele apenas em 2021.
Na tarde dessa quarta-feira (15/12), ele foi detido por lesão corporal e injúria racial. O caso ocorreu em uma loja localizada no Itapoã. A vítima, uma jovem de 25 anos, alegou que foi humilhada após pedir para o autor usar máscara. Revoltado, ele xingou a mulher de “nojenta”, “preta” e “fedorenta”.
O homem passará por audiência de custódia nesta sexta-feira (17/12), na qual a Justiça decidirá se ele continua detido ou se vai responder em liberdade pelo crime de injúria racial.
Apesar disso, ainda nessa quarta (15), a Justiça expediu um mandado de prisão contra ele por injúria e ameaça praticados contra a ex-esposa, com base na Lei Maria da Penha. Descumprindo medidas protetivas, Erverado ameaçava, xingava e perseguia a mulher. Por esses crimes, ele segue preso na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).