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Viatura onde PM matou colega e tirou a própria vida retorna a batalhão

Viatura marcada por tragédia volta a patrulha em mesmo batalhão onde trabalhavam as vítimas. Decisão revoltou colegas e amigos dos mortos

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Viatura da PMDF - Metrópoles
1 de 1 Viatura da PMDF - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

A viatura da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) onde um policial matou o outro e tirou a própria vida, no começo do ano, voltou para operação no mesmo batalhão dos militares mortos. Para amigos e colegas de farda, a situação é absurda e desrespeitosa. O carro recebeu a alcunha de “viatura assombrada”.

A tragédia aconteceu em 14 de janeiro de 2024, no Recanto das Emas. O segundo-sargento Paulo Pereira de Souza matou o soldado Yago Monteiro Fidelis com um tiro na cabeça e, na sequência, cometeu suicídio. O caso ligou o alerta para a saúde mental da tropa.

Monteiro e Pereira serviam no 27º Batalhão da PMDF (Recanto das Emas). A viatura palco da tragédia retornou para o serviço na semana passada (foto em destaque). Os buracos de bala foram fechados, mas o prefixo e a placa continuam os mesmos.

Ao ver o veículo de volta ao pátio, militares ficaram consternados. Grande parte dos policiais não quer nem passar perto do veículo.

Não há empecilho legal, mas, em respeito aos mortos e à tropa, é praxe que veículos onde militares perderam as vidas sejam transferidos entre batalhões e ganhem nova identificação.

Procurada, a PMDF disse que o Comando do 27º BPM informou que “todas as providências para a transferência do veículo já foram adotadas”.

A corporação acrescentou que a viatura “acaba de voltar da manutenção e nunca foi designada para qualquer serviço”. A reportagem, porém, recebeu informações de que, por ordem do comando batalhão, o veículo já saiu em patrulha.

“Essa atitude não apenas desrespeita a memória dos colegas falecidos, mas também expõe os policiais que agora são obrigados a trabalhar na viatura a um sério risco para sua saúde mental e emocional. Falta de empatia e de humanidade”, comentou o presidente da Caserna, Carlos Victor Fernandes Vitório, que representa cerca de 3 mil PMs.

Sem tratamento

Segundo a família de Paulo Pereira, o sargento sofria de graves problemas de saúde mental e, mesmo assim, estava escalado para patrulhas.

O caso jogou luz na crise de desassistência da tropa. O problema, porém, ainda persiste. Novos casos de suicídio ocorreram neste ano, além de afastamentos e adoecimentos de militares.

Famílias de policiais não conseguem acesso a tratamentos de saúde pelo plano da PMDF. No caso da saúde mental, PMs esperam até 4 meses para conseguir consulta com psiquiatra no DF pela rede conveniada. Novas consultas estão previstas apenas para agosto de 2024.

Segundo a professora de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB) Carla Pintas, o serviço de saúde da PMDF oferecido está muito aquém da necessidade da tropa. A especialista defende a adoção de alternativas como a escolha de um plano de saúde corporativo ou de uma operadora de plano de saúde.

 

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Além de fatores genéticos, a longevidade pode estar associada à quantidade de vezes que a pessoa ficou doente

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Lapsos de memória: se a pessoa começa a perceber que a memória está falhando no dia a dia com coisas muito simples é provável que esteja passando por um episódio de esgotamento mental

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Alteração no apetite: na alimentação, a pessoa que come muito mais do que deve usa a comida como válvula de escape para aliviar a ansiedade. Já outras, perdem completamente o apetite

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Autoestima baixa: outro sinal de alerta é a sensação de incapacidade, impotência e fragilidade. Nesse caso, é comum a pessoa se sentir menos importante e achar que ninguém se importa com ela

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Desleixo com a higiene: uma das características da depressão é a perda da vontade de cuidar de si mesmo. A pessoa costuma estar com a higiene corporal comprometida e perde a vaidade

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Sentimento contínuo de tristeza: ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno, que não precisa de um acontecimento. A pessoa fica apática e não sente vontade de fazer nada

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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto

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Busque ajuda

Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos ou tentativas de suicídio que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social, porque esse é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para o ato não ser estimulado. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar por meio do número 188. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo, voluntária e gratuitamente, todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por meio de telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.

Samu

O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender demandas relacionadas a transtornos psicológicos. E atua tanto de forma presencial, em ambulância, como a distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.

Na rede pública da saúde, a assistência psicológica pode ser encontrada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), em hospitais e nas unidades básicas de Saúde.

O UniCeub também oferece atendimento. Pela taxa de R$ 40, crianças, a partir de 4 anos, adolescentes, adultos, casais e famílias podem ser atendidos. As consultas acontecem no Edifício União, localizado no Setor Comercial Sul. Após a avaliação psicológica do paciente, as consultas são agendadas uma vez por semana, com o apoio dos alunos do curso de psicologia. Os interessados podem agendar o atendimento por telefone (61) 3966-1626, ou presencialmente, no Edifício União.

Arte/Metrópoles

 

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