Veja salário de policial penal que liberava celulares nas cadeias
A polícia apura a conduta de José Ramony, suspeito de liderar um esquema para permitir o uso de celulares em unidades prisionais
atualizado
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O policial penal José Ramony Emanoel, preso por suspeita de facilitar a entrada de celulares para detentos de um presídio em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (CE), ganha salário bruto de R$ 14.422,94 e líquido de R$ 11.016,13, segundo o portal Ceará Transparente. Ele foi admitido na Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) em agosto de 2021.
O servidor também é ex-diretor de pelo menos três unidades prisionais na mesma região. A prisão do policial penal foi resultado de uma investigação da Controladoria-Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), que apura a conduta de José Ramony, suspeito de liderar um esquema para permitir o uso de aparelhos celulares em unidades prisionais.
A polícia cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra o ex-diretor. Na ocasião, foram apreendidos diversos aparelhos celulares, dinheiro em espécie e um carro de luxo de propriedade do investigado. A controladoria também determinou a instauração de processo disciplinar para apuração do fato na seara administrativa.
Exoneração
Dias antes de ser preso, o agente estava como diretor da Unidade Prisional Agente Penitenciário Luciano Andrade Lima (UP-Itaitinga1), mas foi exonerado do cargo no dia 17 de outubro. A exoneração dele foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última quarta-feira (30/10).
O suspeito também foi diretor da Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2). Em 2023, ele atuou como chefe de equipe da Unidade Prisional de Segurança Máxima do Estado do Ceará (UP-Máxima), em Aquiraz, que abriga presos de alta periculosidade ou que correm alto risco.
Em nota, a SAP informou que “apoia, de forma integral e transparente, o trabalho da Controladoria”. “Por fim, a SAP reafirma o seu compromisso ininterrupto de combate ao crime organizado”, disse a pasta onde o agente era lotado.