Veja prints de conversas utilizadas por golpistas que enganavam idosos
Na manhã desta sexta-feira (13/5), a PCDF e a PCGO cumpriram três mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária
atualizado
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Deflagrada na manhã desta sexta-feira (13/5), a Operação Hemera desencadeou três mandados de busca e apreensão, e quatro de prisão temporárias cumpridos pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO). Ao menos três números do Ministério Público da União (MPU) eram utilizados para enganar idosos via WhatsApp. A coluna teve acesso ao conteúdo de uma das conversas utilizadas pelos golpistas.
O criminoso inicia o diálogo pedindo para que a vítima salvasse o novo número de uso corporativo, pois o outro aparelho estaria na assistência técnica para receber reparos. Em seguida, pergunta se conseguiria realizar alguns pagamentos porque o aplicativo do banco estava habilitado no outro aparelho e, o que estava sendo usado, não era autorizado a realizar transferências e pagamentos.
Veja trecho de conversas:
O bandido envia os dados para a realização de transferência para um conta e pede para que a vítima envie o comprovante de pagamento no valor de R$ 7.821. Minutos depois de receber o certificado, reinicia o processo e pede outro depósito ─ esse de R$ 6.972. Ao todo, a vítima transferiu R$ 14.793 em três transferências via Pix.
Investigação
A 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) está no encalço do grupo criminoso há pouco mais de quatro meses. As investigações tiveram início quando um idoso foi alvo do bando, em 25 de janeiro. Na ocasião, os criminosos entraram em contato com a vítima, pelo aplicativo de mensagens, e se passou pelo filho dela, solicitando que lhe fosse transferida uma quantia em dinheiro, por questão de necessidade.
Enganada, a vítima fez a transação, no valor de R$ 14.973 (o mesmo mostrado nas conversas acima), em três operações via Pix. As transferências foram emitidas para as contas de uma mulher que mora em Goiânia (GO) e de um homem, que mora em Aparecida de Goiânia (GO).
O esquema
Segundo a polícia, havia um acordo para que essas pessoas emprestassem as contas bancárias para o grupo. Em troca, recebiam entre 5% a 10% do valor da transação recebida. O homem beneficiado pela transferência do idoso foi convencido a entrar no esquema pelo próprio irmão.
Os dois informaram aos agentes que deveriam repassar o dinheiro para a conta bancária de outro homem, morador de Goianira (GO). Assim, os mandados de busca e apreensão e prisão são cumpridos nas cidades de Goiânia, Goianira e Aparecida de Goiânia.
Segundo a PCDF, entre 16 de janeiro e 25 de fevereiro, 154 chips diferentes de celular foram usados para dar o golpe. Desses, três eram ligados ao MPU.
Hemera
O nome da operação é em alusão à uma deusa grega, sendo considerada deusa da persuasão e da mentira, que através da astúcia manipulava, com certa facilidade, tanto mortais quanto os demais deuses.
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