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Veja o que a PF encontrou na “lojinha” de policiais presos e afastados por desvio de mercadorias

Com prateleiras lotadas de iPhones sofisticados, depósito mantido pelos policiais rodoviários federais lembra estoques de lojas autorizadas

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1 de 1 prateleira branca com papelão - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

Os quatro policiais rodoviários federais presos no âmbito da Operação Spoliare, deflagrada nesta quinta-feira (10/8), pela Polícia Federal (PF) junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF), mantinham uma espécie de “lojinha” para estocar todos os produtos eletrônicos desviados de apreensões.

Com prateleiras lotadas de iPhones dos modelos mais sofisticados, o depósito clandestino mantido pelos policiais rodoviários federais lembra os estoques das lojas autorizadas de grandes operadoras de telefonia, com dezenas de modelos de aparelhos.

Além dos celulares, os servidores públicos desviaram, ainda, 15 MacBooks. Alguns desses computadores têm valores que facilmente ultrapassam os R$ 15 mil. Também foram apreendido dois iPads, um HD externo, além de granadas e munição de fuzil.

A coluna Na Mira apurou que os alvos presos são: Rafael Campos Coutinho, Rummenigge Ferreira Ruffo, Wallace Kirchmaier e o aposentado Milton Toshio Hirata. Os policiais davam aos produtos destinação diversa da determinada em lei, segundo a PF, a fim de obter vantagens financeiras ilícitas, bem como facilitar ações de terceiros envolvidos com contrabando e descaminho.

Veja os produtos apreendidos na “lojinha” dos policiais presos:

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Operação Spoliare ocorreu nesta quinta-feira (10/8)
Itens apreendidos durante operação
Dos sete mandados de prisão cautelares expedidos, quatro foram contra policiais rodoviários federais
Agentes da PRF são suspeitos de desviar mercadorias apreendidas para vender na internet
Operação ocorreu em 10 cidades brasileiras
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Investigação começou com a Corregedoria da PRF e evoluiu para a abertura de procedimento na PF, com apoio do Ministério Público

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Operação Spoliare ocorreu nesta quinta-feira (10/8)

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Itens apreendidos durante operação

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Dos sete mandados de prisão cautelares expedidos, quatro foram contra policiais rodoviários federais

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Agentes da PRF são suspeitos de desviar mercadorias apreendidas para vender na internet

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Operação ocorreu em 10 cidades brasileiras

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Outros sete investigados serão afastados das funções e responderão a processo administrativo disciplinar

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Caso sejam condenados, estarão sujeitos a penas máximas que, somadas, passam dos 30 anos de prisão

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Itens apreendidos em São Paulo (SP) e Foz do Iguaçu (PR)

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Policiais encontraram mais de R$ 400 mil em espécie

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Operação Spoliare

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Força-tarefa em números

A investigação começou com a Corregedoria da PRF e evoluiu para a abertura de procedimento na PF, com apoio do Ministério Público.

Nesta fase das investigações, mais de 150 policiais federais e 56 integrantes da Corregedoria da PRF cumpriram 32 mandados de busca e apreensão, sete de prisão, 11 de afastamento da função pública e dois de sequestro de bens.

A operação cumpriu 54 mandados de buscas, nas cidades de Foz do Iguaçu (PR), Santa Terezinha de Itaipu (PR), São Miguel do Iguaçu (PR), Medianeira (PR), Céu Azul (PR), Cascavel (PR), Toledo (PR), Telêmaco Borba (PR), Curitiba (PR) e São Paulo. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu (PR).

Dos sete mandados de prisão cautelares expedidos, quatro foram contra policiais rodoviários federais — um deles, aposentado. Outros sete investigados foram afastados das funções e responderão a processo administrativo disciplinar, dentro da própria PRF, o que pode resultar na pena de demissão.

Operação Spoliare

A PF também informou que foi possível reunir provas de que os envolvidos vendiam os produtos apreendidos em plataformas de comércio eletrônico ou contavam com auxílio de terceiros para dar destino aos materiais, normalmente enviados para o Estado de São Paulo.

Os servidores públicos envolvidos responderão por crimes contra a administração pública e, se condenados, estarão sujeitos a penas máximas que, somadas, passam dos 30 anos de prisão. Os demais envolvidos, que, em diversas situações, agiram em conluio com os policiais rodoviários federais, também responderão criminalmente.

O nome da operação é uma palavra de origem latina que significa “esbulhar da posse; privar de alguma coisa ilegitimamente, tirando-a por fraude ou violência; esbulhar da posse de alguma coisa; roubar”, em alusão às condutas ilícitas praticadas pelos suspeitos.

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