Veja momento em que pedreiro acusado de feminicídio chega à delegacia
PCDF, por meio da 8ª DP, prendeu Jadison Soares nesta segunda-feira (6/1). Ele é o principal suspeito pelo feminicídio de Ana Moura Virtuoso
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 8ª DP (Cidade Estrutural), prendeu Jadison Soares da Silva, 47 anos, nesta segunda-feira (6/1), na rodoviária de Formosa (GO), Entorno do DF. Ele é o principal suspeito pelo feminicídio de Ana Moura Virtuoso, 27 anos, que foi assassinada a facadas na tarde do último domingo (5/1).
Imagens mostram o momento em que Jadison chega a delegacia, sendo levado pelos policiais diretamente até a cela do local. O homem, que é pedreiro, pretendia pegar um ônibus com o objetivo de fugir para o interior do Piauí, onde tem familiares.
Veja momento em que ele chega à delegacia:
Ana foi a primeira vítima de feminicídio de 2025 na capital federal. Ela denunciava agressões cometidas por Jadison há pelo menos cinco anos. A jovem foi morta a facadas e levada por um vizinho à delegacia, mas não resistiu e morreu na unidade policial.
Segundo relatos da vizinha da casa de fundos de onde Ana e Jadison residiam com dois filhos, a mulher sofria agressões físicas e verbais “quase todos os dias”.
As discussões eram motivadas, na maioria das vezes, por ciúmes e por divergências do casal em relação aos cuidados com a casa e com os filhos.
Agressões
A vítima já havia registrado pelo menos quatro boletins de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) contra Jadison: em 2020, por lesão corporal; em 2021, por injúria e vias de fato; e duas denúncias em 2022, sendo uma por ameaça e lesão corporal e outra apenas por lesão corporal.
Em abril de 2023, Ana decidiu pedir ao Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) uma medida protetiva contra Jadison. No dia 22 daquele mês, o homem teria agredido a esposa, fazendo um corte na mão dela com um canivete, além de diversas ameaças como: “Vou te matar […] vou acabar com sua vida”; e ofensas e xingamentos, do tipo: “Desgraçada! Puta! Vai se fuder, porra!”. Os pais da jovem viram tudo de perto.
Na ocasião, a vítima disse que as agressões verbais ocorriam rotineiramente. Jadison fazia uso de álcool e drogas e, segundo Ana, se tornou violento e extremamente agressivo com o passar do tempo.