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Veja conversas entre sargento da FAB pedófilo e menino de 13 anos

Nos diálogos, o militar, de 41 anos, utiliza gíria e linguajar comum dos jovens para deixar a vítima mais à vontade e fingia ser mais novo

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A Polícia Civil do Distrito Feral (PCDF) teve acesso a conversas travadas por meio do WhatsApp entre o terceiro sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) investigado por cometer estupro de vulnerável contra um adolescente de 13 anos, em Planaltina. Nos diálogos, o militar, de 41 anos, utiliza gírias e o linguajar comum dos jovens para deixar a vítima mais à vontade. O caso é apurado em um inquérito instaurado pela 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina).

O militar passou alguns dias da última semana mensagens com o garoto e marcando encontros. Pelo menos uma vez, o praça da Aeronáutica teria estado com a vítima e, supostamente, mantido relações sexuais com ela. Ambos teriam se conhecido por meio de um aplicativo de relacionamento. O militar e o garoto teriam tudo um primeiro encontro casa da vítima, quando os pais dele estavam fora.

Nas dezenas de trocas de mensagens, o sargento pergunta insistentemente se o adolescente estaria sozinho na residência e se teria uma “porta dos fundos” para escapar caso alguém entrasse na casa. “Vamos ficar em qual quarto? Tô com receio de alguém chegar. Quero muito”, diz algumas das mensagens enviadas pelo praça da FAB.

Veja troca de mensagens entre o sargento e o adolescente:

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O caso

O crime foi descoberto nesta segunda-feira (5) pela mãe do menino, após ela averiguar o aparelho celular dele. Revoltada com a troca de mensagens, a comerciante, que mora em Planaltina, resolveu atrair o criminoso sexual se fazendo passar pelo garoto. Ela, então, marcou um novo encontro com o sargento e acionou a Polícia Militar.

Quando o suspeito chegou ao portão da casa do adolescente, PMs do 14º Batalhão (BPM) fizeram a abordagem e o conduziram até a 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina). O caso foi registrado e transferido para a 31ª DP, que instaurou inquérito para apurar o episódio. O garoto foi ouvido e passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Alegando cumprimento à Lei de Abuso de Autoridade, a PCDF não divulgou o nome do acusado.

Sem flagrante

Como o encontro havia sido planejado pela mãe do adolescente, não houve situação flagrancial e o sargento da FAB acabou liberado logo após ser conduzido para a delegacia. De acordo com a mulher, o militar abordou o menino em um aplicativo de relacionamentos e as conversas evoluíram até o WhatsApp. “Tudo aconteceu muito rápido. Descobri essas mensagens no último sábado (2/6) e o mundo da família desabou. Acabei conversando com esse homem fingindo ser meu filho e liguei para a polícia”, disse.

A comerciante afirmou que o filho havia entrado no aplicativo para conhecer pessoas e não tinha intenção de ter nenhum tipo de experiência sexual. “Meu filho nunca falou ou demonstrou qualquer comportamento ou interesse sexual. Sempre foi um ótimo aluno e interessado apenas nos estudos. Pelo que percebi, esse homem o atraiu falando sobre a carreira de engenharia mecatrônica, que é um sonho dele”, pontuou a mãe.

Sobre o estupro, a comerciante disse que o militar chegou a ir à casa num momento em que apenas o adolescente estava presente. O jovem teria desistido de manter relação sexual. ” Por isso, esse homem voltou a insistir e ter um novo encontro com meu filho, até que descobrimos”, afirmou.

 

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