Suspeito de envolvimento no sumiço de família furou túnel para fugir da Papuda
Gideon Menezes, 55 anos, foi preso nesta terça-feira e levado para a 6ª DP. Ele tem antecedentes criminais por assalto e porte de arma
atualizado
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Gideon Batista de Menezes, 55 anos, é um dos suspeitos pelo desaparecimento de oito pessoas da mesma família no Distrito Federal. A coluna apurou que ele tem antecedentes criminais que envolvem assaltos e porte ilegal de arma de fogo. Em 1997, Gideon esteve em prisão domiciliar. As passagens constam nos anos de 1996 e 1998, além da ocorrência de 2007. Em 1998, quando preso no sistema carcerário ele tentou fugir. Agentes encontraram um túnel que ligava uma cela a outra. Na ocasião, ele não conseguiu escapar na ocasião.
Em uma das ocorrências no nome de Gideon há o relato de que ele estava com uma arma ilegal no carro e foi parado em uma blitz, em Candangolândia, em 2007. Ao ser levado para a delegacia, os agentes verificaram que ele já tinha diversas passagens por roubo.
Sobre o desaparecimento
Gideon foi preso e levado à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) nesta terça-feira (17/1). Ele é suspeito de envolvimento no desaparecimento de oito pessoas da mesma família.
Os desaparecidos são: a cabeleireira Elizamar da Silva, 39; o marido dela, Thiago Gabriel Belchior, 30; os três filhos do casal: os gêmeos Rafael e Rafaela da Silva, 6, e Gabriel da Silva, 7; a irmã de Thiago Gabriel, Gabriela Belchior de Oliveira, 25; e os pais deles, Renata Juliene Belchior, 52; e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54.
Fotos. Veja quem são as 8 pessoas da mesma família desaparecidas no DF
As pessoas desapareceram em 12 de janeiro. Na mesma noite, a polícia encontrou seis corpos, em dois carros de posse de parentes ou das próprias vítimas.
O veículo de Elizamar, um Renault Clio preto, foi achado totalmente carbonizado, na GO-436, perto de Luziânia (GO), Entorno do Distrito Federal. O automóvel foi localizado no domingo (15/1), com quatro corpos dentro.
Na madrugada de segunda-feira (16/1), a polícia localizou um segundo veículo — um Siena —, cujo dono é Marcos Antônio, pai de Thiago Gabriel. O carro estava na BR-251, na altura de Unaí (MG), com dois corpos carbonizados dentro.
Ainda não foi possível confirmar as identidades das vítimas. O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) junto à de Goiás (PCGO).