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Turco diz que servidora da Saúde o seduziu e o sequestrou no DF; ela nega

Vedat Gõze afirma que foi mantido em cárcere privado, teve documentos roubados e acabou dopado; ela diz que foi vítima de extorsão

atualizado

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1 de 1 homem-sombra-violencia-2 - Foto: Rene Böhmer/Unsplash

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o suposto sequestro e a extorsão de um turco em território brasiliense. Vedat Gõze, 27 anos, disse que veio para o Brasil conhecer pessoalmente uma mulher que, até então, só havia visto pela internet. Ela nega (leia mais abaixo).

O homem, que se disse apaixonado pela técnica de enfermagem da Secretaria de Saúde Gina Sereno, 43, a acusa de mantê-lo em cárcere privado, de dopá-lo e o roubado. A mulher e o homem acabaram levados a uma delegacia na quinta-feira (30/3), em Vicente Pires.

Os dois teriam se conhecido pelo chat de relacionamento Bermuda. O estrangeiro havia dito que queria um relacionamento sério com Gina. Ela, então, comprou a passagem para que Gõze viesse ao Distrito Federal. No entanto, após cinco dias na casa da servidora, o homem teria percebido o clima ficar “estranho” e disse que queria retornar à Turquia.

A coluna Na Mira apurou que Gõze é mulçumano e, pelas regras da religião, não poderia se casar com a profissional da saúde, já que ela é uma mulher divorciada e com filhos. Em depoimento, Gina alegou que a desistência do rapaz causou sofrimento psicológico e muito constrangimento a ela.

O homem contou que a servidora ficou extremamente revoltada e passou, inclusive, a agredi-lo.

Gina negou os relatos e disse ter sido vítima de extorsão. “Gastei horrores com ele aqui. Nunca mantive em cárcere privado. Até ontem [quinta-feira, ele] estava aqui comigo, andando de cima pra baixo. Tudo o que esse homem pedia eu fazia”, disse.

Segundo o turco, a mulher teria guardado o passaporte e o chip do celular do estrangeiro, permitindo que Gõze fizesse ligações à família apenas em horários determinados por ela. Ela também nega a acusação: “Ele perdeu os documentos”.

No depoimento, ele ainda informou estar com sono há dois dias e que a técnica em enfermagem teria aplicado injeções nele. A servidora pública também relatou que isso não ocorreu e que a inquietação dele seria resultado de abstinência de drogas.

Nesta manhã, ele disse que conseguiu sair do apartamento e pedir ajuda à síndica do residencial.

Agressões

Os vizinhos começaram a ouvir gritos e relataram à Polícia Militar do DF que havia um homem estrangeiro sendo agredido há dias. Militares do 17º Batalhão da PM do DF foram ao local e conversaram com a proprietária da casa. Ela teria dito a eles que não deixaria o homem ir embora.

Os envolvidos foram encaminhados à 8ª Delegacia de Polícia (SIA), que investiga o caso. A servidora assinou termo circunstanciado e foi liberada; Vedat foi levado para a Embaixada da Turquia.

O Metrópoles tentou contato com a representação turca no Brasil, mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem.

Em nota, a Secretaria de Saúde informa que “o caso está sob os cuidados da polícia, já que o ocorrido não tem ligação com dever funcional da servidora”. No entanto, afirma que, “no âmbito da SES, após as investigações, a servidora está sujeita ao que consta na Lei 840/2011“, que dispõe sobre o regime jurídicos dos servidores públicos civis do Distrito Federal.

Pelo Portal da Transparência, é possível confirmar que Gina Sereno é técnica de enfermagem pela Secretaria de Saúde e recebe salário de R$ 7.694,43 – com os descontos, o vencimento mensal da mulher chega a R$ 6.653,23. Procurada, a Saúde do DF não informou quais serão as medidas tomadas no caso da servidora.

(Esta reportagem foi atualizada às 14h08 de 31/03/2023).

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