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“Tropa do Riquinho”: PCDF prende empresários do tráfico. Vídeo

Quadrilha usava empresas de diversos ramos, desde a construção civil até a distribuição de produtos farmacêuticos e produção de eventos

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"Tropa do Riquinho": PCDF prende empresários do tráfico
1 de 1 "Tropa do Riquinho": PCDF prende empresários do tráfico - Foto: Reprodução

Uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro e tráfico de drogas e armas foi desarticulada por policiais da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), na manhã desta terça-feira (15/8). No total, cinco pessoas foram presas e 10 mandados de busca e apreensão cumpridos em Alto Paraíso (GO). As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara de Entorpecentes de Brasília.

De acordo com as investigações, a organização criminosa usava empresas de diversos ramos, desde a construção civil até distribuição de produtos farmacêuticos e produção de eventos culturais, para ocultar a origem e o destino de milhões de reais que serviam para financiar o tráfico de drogas.

O grupo criminoso tinha, entre seus associados, contadores para abrir e operar as empresas de fachada, falsificando documentos e demonstrações financeiras, propiciando a lavagem de capitais. Os financiadores do grupo também atuavam como agiotas.

Os líderes da quadrilha evitavam ter registrado, em seu nome, qualquer bem, utilizando-se de “laranjas” para compra de veículos de luxo, aquisição de imóveis, construção de obras e obtenção de outros ativos financeiros. Os investigadores descobriram, ainda, que todos os “laranjas” são parentes dos integrantes da organização criminosa.

“Chama atenção a participação ativa de mulheres no grupo, não somente atuando como colaboradoras de seus companheiros, mas exercendo também liderança nas ações criminosas”, informou a Cord por meio de nota.

Ao longo de um ano e meio de investigações, a PCDF apreendeu carregamentos de drogas e bens do grupo, materializando as ações de tráfico de drogas que abarcaram diversos Estados da Federação.

A operação que contou com técnicas especiais de investigação e a colaboração do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), conseguiu identificar 13 integrantes do grupo criminoso, cinco empresas envolvidas, bloqueou contas bancárias de pessoas jurídicas e físicas, sequestrou bens imóveis e apreendeu veículos de luxo.

Advogado do crime

Também foi identificado e indiciado um advogado que colaborava com as ações criminosas da rede, o qual monitorava ações policiais contra os integrantes do grupo e levando informações do presídio para os chefes do bando que estavam soltos, ajudando na cobrança de dívidas e nas ações de lavagem de dinheiro, prestando informações sobre como se evitar ações policiais, orientando o grupo a ocultar bens e eliminar provas contra eles.

Apesar da engenharia criminosa desenvolvida pela organização, utilizando-se de diversas técnicas de lavagem de dinheiro, inclusive com a construção de uma pousada na cidade de Alto Paraíso, avaliada em R$ 2,5 milhões, e a utilização do sistema financeiro, foi possível identificar criminosos com funções diversas, pessoas jurídicas envolvidas, apreender drogas, armas de fogo, munições, dinheiro em espécie, joias, sequestrar imóveis e apreender diversos automóveis.

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