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“Todo mundo morre”: família do PCC ganha R$ 2,5 mi com agiotagem

Os suspeitos agiam com violência e grave ameaça na cobrança de valores e juros, utilizando a estrutura criminosa do PCC

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"Todo mundo morre": família do PCC ganha R$ 2,5 mi com agiotagem
1 de 1 "Todo mundo morre": família do PCC ganha R$ 2,5 mi com agiotagem - Foto: PF/Divulgação

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco)  deflagrou, nesta quarta-feira (21/8), a Operação Juros Altos, com o objetivo de apurar crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, extorsão e usura, que é o empréstimo com juros excessivamente altos, cujos valores têm origem no tráfico de drogas.

A ação policial cumpriu seis mandados judiciais de prisão preventiva contra integrantes de uma mesma família, e quatro de busca e apreensão no município de São Raimundo Nonato (PI).

A investigação identificou um grupo criminoso que, de forma permanente e contínua, utilizava dinheiro da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), obtido por meio do tráfico de drogas, para realizar empréstimos clandestinos, a juros elevados.

Posteriormente, os suspeitos agiam com violência e grave ameaça na cobrança de valores e juros, utilizando a estrutura criminosa da facção. Por fim, o dinheiro ilícito era depositado em contas bancárias de familiares dos investigados e utilizado para a aquisição de veículos luxuosos, informou a Polícia Federal.

Confira a transcrição dos áudios enviados pelos criminosos:

– “Se tu não vier me acertar, vou mandar os ‘caba’ do PCC atrás de tu e na hora que eu te ver, tu vai ver, entendeu?”

– “Você tem que pagar meu dinheiro, por causa que você tem moto, tem carro, tem que pagar, seu vagabundo. Você não tá mexendo com nenhum moleque, eu ‘tô na sua casa aqui. E vai dar problema nós dois, porque perder meu dinheiro eu não ‘perdo’, entendeu?”

– “Vamos montar uma gangue, uma desavença, é o terror. É uma guerra, guerra, chama guerra. Ele tá juntando uma ‘máfia’ de noia e nós também somos pesados, então vai virar uma guerra, e na hora que nós nos estranhar, todo mundo morre”

R$ 2,5 milhões

Os trabalhos investigativos tiveram origem em documentos apreendidos pelo Departamento de Repressão a Ações Criminosas Organizadas da Polícia Civil na operação Draco 117, na cidade de São Raimundo Nonato, compartilhados judicialmente com a Ficco.

Além das prisões e buscas, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 2,5 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de veículos de luxo.

A Ficco, que atua sob a coordenação da Polícia Federal, é composta também por integrantes da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal Federal, Polícia Militar e Polícia Penal estadual.

A população pode colaborar com informações sobre a atuação de facções criminosas, foragidos da Justiça, tráfico de drogas e outros crimes por meio de denúncias anônimas, que podem ser encaminhadas por este link.

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