Testemunha que delatou plano do PCC contra Moro teme ser morta a qualquer momento
O delator, que também é ex-integrante da facção, relevou aos investigadores que já era jurado de morte pelo “tribunal do crime” da facção
atualizado
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Peça-chave nas investigações sobre planos de ataques a autoridades do Brasil, entre elas o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), uma testemunha teme ser executada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) a qualquer momento.
O delator, que também é ex-integrante da facção, relevou aos investigadores que já era jurado de morte pelo “tribunal do crime” por decidir sair da organização criminosa.
O seu principal algoz seria Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, um dos nove presos na megaoperação da Polícia Federal deflagrada na última quarta-feira (22/3). De acordo com a testemunha, Nefo seria chefe da chamada “sintonia restrita”, uma espécie de setor de inteligência do PCC com ampla rede de criminosos.
Ainda de acordo com o ex-faccionado, já havia a suspeita de que ele tivesse vazado outras informações sensíveis às autoridades. Além de Janeferson, também foram presos:
- Valter Lima Nascimento, o Guinho;
- Reginaldo Oliveira de Sousa, conhecido como Rê;
- Franklin da Silva Correa, vulgo Frank;
- Aline de Lima Paixão;
- Aline Arndt Ferri;
- Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, conhecida como Luana;
- Herick da Silva Soares, vulgo Sonata;
- Claudinei Gomes Carias, também chamado de Nei.
Investigação começou pelo MPSP
Os planos de ataque foram descobertos pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), que compartilhou as informações com a Polícia Federal.
Segundo as investigações, o sequestro e a morte de Moro e de outras autoridades seriam cometidos para obter dinheiro e conseguir o resgate de Marcola, líder máximo do PCC.
As diligências da PF revelaram que os ataques poderiam ocorrer simultaneamente.
O nome da operação — “Sequaz” — se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém, devido ao método usado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações das possíveis vítimas.