Terra Fértil: narcotraficantes ostentavam com jatinhos e carrões. Veja
Polícia Federal deflagrou megaoperação em sete estados, para cumprir mandados de busca, apreensão e prisão contra narcotraficantes, nesta 3ª
atualizado
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A Operação Terra Fértil, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em sete estados brasileiros, na manhã desta nesta terça-feira (2/7), terminou com diversos artigos de luxo apreendidos. Os bens, que pertenciam a investigados pelo crime de tráfico internacional de drogas, incluem carros de luxo, relógios de marca, charutos cubanos, dinheiro em espécie – dólares, euros e reais –, armas, drogas e até jatinhos particulares.
PF desmantela grupo ligado ao PCC que enviava pó a cartéis mexicanos
Os alvos da força-tarefa policial integram um grupo criminoso ligado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O principal investigado, inclusive, era conhecido da PF e enviava cocaína a violentos cartéis mexicanos. Em cinco anos, a quadrilha movimento mais de R$ 5 bilhões.
As equipes cumpriram nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte (MG).
Confira as imagens:
Dissimulação de patrimônio
Cerca de 280 policiais participaram da Operação Terra Fértil, iniciada para descapitalizar o patrimônio do grupo e desarticular a uma organização criminosa. As buscas e prisões ocorreram nos seguintes estados: Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás.
As investigações revelaram uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e uma grande quantidade de pessoas interconectadas – algumas delas envolvidas com o PCC.
Entre os alvos estava um narcotraficante internacional, além de pessoas físicas e jurídicas a ele associadas, que faziam parte de uma rede autora de diversos crimes, cometidos para ocultar e dissimular o patrimônio oriundo da prática de inúmeros outros delitos, entre eles o tráfico internacional de drogas.
O suspeito, que havia sido investigado anteriormente pela PF, chegou a enviar cocaína para as Américas do Sul e Central, bem como para violentos cartéis mexicanos.
Vínculos empregatícios
Durante as investigações, constatou-se que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de funcionários no sistema de Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e compravam imóveis e veículos de luxo para terceiros, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com o capital social das firmas.
Os sócios das empresas geralmente não tinham vínculos empregatícios há anos. Alguns, inclusive, receberam auxílio emergencial.
A PF também descobriu que algumas das pessoas jurídicas investigadas efetuavam transações com companhias do ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócios original das firmas de fachada, o que dá indícios de que os investimentos eram usados para mascarar a origem ilícita dos valores.