“Tenho medo que acabe como o Lázaro”, diz mãe de fugitivo de Mossoró
Em apelo às autoridades, mãe afirmou que filho “é um menino bom, mas calhou de ser preso”, e pediu que ele seja levado de volta com vida
atualizado
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Nelita Nogueira da Silva, mãe do fugitivo Rogério da Silva Mendonça (foto em destaque), teme que o filho seja executado igual ao serial killer Lázaro Barbosa. Em um apelo feito às autoridades, ela afirmou que o filho “é um menino bom, mas calhou de ser preso”. Uma força-tarefa composta por cerca de 600 policiais segue à procura dele e de Deibson Cabral Nascimento. Nesta sexta-feira (15/3), as buscas chegam ao 31º dia.
Autônoma, Nelita contou que Rogério Mendonça nasceu no Acre e foi criado pela avó: “Tive de mudar para o Rio [de Janeiro], porque tinha de cuidar de outro filho, deficiente”.
A mãe também relatou que o fugitivo estudava e costumava ajudar a avó. “Não durmo mais, não consigo trabalhar. Meu medo é de acontecer igual aconteceu com o Lázaro, mas meu filho não está armado”, disse. Ressaltou ainda que o filho não entrou em contato com a família e pediu às forças de segurança que ele não seja assassinado: “Preciso que vocês tragam o Rogério com vida”.
Última pista
Uma nova pista sobre a localização dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) foi constatada com o auxílio de cachorros sem raça definida da zona rural de Baraúna (RN).
Os vira-latas ficaram agitados na noite de terça-feira (12/3) e, assim, chamaram a atenção de moradores da área, que acionaram policiais.
Com a ajuda de cães farejadores, os investigadores afirmaram que a dupla havia passado pela região. A informação foi confirmada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante coletiva de imprensa na quarta-feira (13/3).
Os dois foram vistos pela última vez há 12 dias. Uma testemunha que trabalha como caseiro no galpão agrícola de uma fazenda, no Assentamento Vitória, na zona rural de Baraúna, contou que os fugitivos invadiram o local na madrugada de 3 de março. O funcionário chegou a ser agredido pela dupla com um “tapa na cara”.
O trabalhador detalhou que estava sozinho quando os criminosos chegaram. “Eu estava dormindo na cadeira de balanço quando me renderam. Colocaram uma espécie de cano nas minhas costas, mas não consegui ver se era uma arma. Perguntaram se eu tinha celular ou dinheiro, e eu disse que não”, relatou.
Ainda segundo a testemunha, um dos fugitivos usava apenas bermuda e boné branco; o outro vestia bermuda e uma camisa vermelha.