Suspeito pelo desaparecimento de Sara Carlos era investigado por importunação sexual
Jailton Silva tentou beijar uma jovem de 25 anos e, depois, bateu na cabeça dela com pedra. Além disso, é investigado por roubos e estupros
atualizado
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O suspeito de dopar, estuprar e de ter envolvimento com o sumiço da adolescente Sara Carlos de Morais Silva, em janeiro de 2022, também é investigado por importunação sexual e lesão corporal contra uma jovem de 25 anos. Jailton Silva dos Santos (foto em destaque), 32, tentou beijar a vítima e, ao perceber a rejeição, bateu na cabeça dela com uma pedra.
O caso ocorreu em junho de 2022. A vítima relatou que estava em uma boate, em Vicente Pires, quando Jailton apareceu e se apresentou com o nome de “Flávio”. A jovem conta que os dois beberam e, quando ela decidiu ir embora, o autor começou a “passar a mão nela” e tentou beijá-la.
Caso Sara Carlos: suspeito conhecia família e frequentava casa da vítima
A vítima acrescentou que, para fugir das investidas, empurrou “Flávio”, mas ele “ficou com raiva” e bateu várias vezes com uma pedra na cabeça dela. Além de cometer a agressão física, o criminoso a chamou de “piranha” e “vagabunda”.
Após o ataque, o agressor chegou a perguntar à vítima onde ela queria morrer e pediu que escolhesse o local. Nesse momento, a jovem conseguiu pedir socorro para um ônibus que passava na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), perto de onde os dois estavam, e foi à 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) para registrar ocorrência.
Desaparecimento
A adolescente Sara Carlos de Morais Silva está desaparecida desde janeiro de 2022, após sair de casa para passear em um shopping entre Taguatinga e Ceilândia. Jailton Silva dos Santos é o principal suspeito pelo sumiço da jovem.
Os dois teriam se conhecido em festas na Estrutural. Após um tempo de convívio, o suspeito teria convidado a adolescente para trabalhar com ele em uma empresa de limpeza de estofados, da qual era proprietário.
Veja fotos de Sara:
Depois do expediente, em um dos dias de trabalho, Jailton convidou Sara para ir à casa dele, onde a teria dopado e estuprado, segundo a investigação. Para Sara, Jailton se apresentou pelo nome de “Fernando”.
Além do caso de Sara, há outros dois inquéritos nos quais ele é acusado de estupro. As vítimas tinham 12 e 14 anos. Os policiais verificaram que ele usava diferentes nomes para tentar enganar a polícia e as vítimas e poder estuprá-las. A corporação investiga o envolvimento de outras duas pessoas.
Ficha criminal
Além dos crimes de estupro, importunação sexual e lesão corporal, Jailton é investigado por formação de quadrilha e corrupção de menores.
Ocorrência registrada em 2012 detalha que a quadrilha, formada por ele e quatro comparsas, era especializada em roubo, receptação e adulteração de veículos. Entre os envolvidos nos crimes, havia um adolescente de 16 anos. O grupo era investigado por diversos crimes do tipo no Distrito Federal.
Recentemente, Jailton foi detido em São Paulo por causa de um roubo, cuja ocorrência tinha um mandado de prisão em aberto contra ele. No entanto, a polícia desconfiava de que o assaltante tivesse relação com o caso do desaparecimento de Sara.
À época do crime, o suspeito morava na Estrutural, mas também residiu em Vicente Pires, onde a PCDF acredita que estejam os restos mortais da jovem.
“Existem sérios indícios de que, nessa casa, poderá ser encontrado o corpo de uma pessoa”, declarou o delegado-chefe Mauro Aguiar, da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), à frente das investigações. “Nós trabalhamos com a hipótese de que Sara não esteja mais viva. Essa possibilidade foi comunicada à família.”