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Supercomputador permitirá à PCDF virtualizar cenas de crimes. Entenda

Novo equipamento ficará instalado no Instituto de Criminalística e terá capacidade de processamento de mil computadores comuns

atualizado

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1 de 1 Teclado de compudaor - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) passará a contar com um supercomputador mil vezes mais veloz do que o maquinário atualmente usado pela corporação. Os recursos para compra do equipamento são provenientes de emenda parlamentar, no valor de R$ 1,7 milhão.

A máquina se destinará ao Instituto de Criminalística (IC) da PCDF, para processamento de vestígios de informática em grande quantidade, e será operado por peritos forenses especialistas em informática. Com o supercomputador, os dados serão analisados em conjunto; assim, as respostas devem ser fornecidas mais rapidamente e de maneira mais completa.

“Tem sido comum, especialmente em operações de destaque, a apreensão de inúmeros equipamentos eletrônicos, como celulares, computadores e pen drives. Atualmente, os vestígios neles recolhidos são processados isoladamente, o que demanda muito tempo e gera muita informação”, comentou Fábio Braga, diretor do Instituto de Criminalística (IC) da PCDF.

O aparato inclui hardware, software e 128 núcleos de processamento, 156 terabytes (TB) de armazenamento e 1,5 TB de memória RAM. Para efeitos de comparação, computadores de mesa vendidos atualmente têm, em média, até oito núcleos processadores, 1 TB para armazenamento e memória RAM de 6 a 8 gigabytes (GB).

“Se fosse para comparar a um computador normal, o novo terá capacidade mil vezes maior. É como se mil computadores estivessem, juntos, processando uma mesma informação”, completou o diretor do IC.

Fábio Braga acrescentou que o supercomputador  servirá como uma Central de Guarda e Custódia de Vestígios de Informática e se conectará ao Projeto IC-4D, que permite a virtualização dos locais de crime.

“Com o uso de escâneres e drones, será possível fazer uma espécie de ‘visita guiada ao museu’. Dessa forma, em vez de ler um laudo pericial, o usuário poderá entrar virtualmente na cena do crime que está analisando”, detalhou Fábio.

Ao considerar que, atualmente, em quase toda ocorrência ocorre a apreensão de ao menos um equipamento eletrônico, como celulares, o diretor ressaltou que praticamente todas as investigações poderão ser beneficiadas com o supercomputador, principalmente as que envolverem crimes contra a vida, de natureza econômica ou financeira e até casos de pedofilia.

Os recursos de emenda parlamentar que permitiram a compra do equipamento foram direcionados pelo deputado distrital Thiago Manzoni (PL).

Com informações da Agência Brasília

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