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Stalker volta a perseguir jovem da Asa Norte e é levado para a Papuda

Mesmo com uso de tornozeleira eletrônica e ordem distanciamento, homem de 37 anos seguiu perseguindo a vítima por meio das redes sociais

atualizado

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Guilherme Silva/PCAM
Entenda o comportamento de um ‘stalker’ e como denunciar
1 de 1 Entenda o comportamento de um ‘stalker’ e como denunciar - Foto: Guilherme Silva/PCAM

Um homem de 37 anos formado em Tecnologia da Informação (TI) que havia sido preso, em fevereiro deste ano, por perseguir uma jovem da Asa Norte que trabalhava com ele, voltou a cometer o crime de perseguição. A 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) representou pela prisão preventiva do stalker e ele foi localizado e levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP), na Papuda.

Mesmo com cautelar expedida pela Justiça que determinou o uso de tornozeleira eletrônica, além da proibição de se aproximar ou entrar em contato com a vítima por meio de qualquer canal de comunicação, o perseguidor criou um perfil fake em uma rede social. Com nome falso, passou a enviar mensagens e a ligar para a jovem, voltando a fazer terror psicológico.

Na primeira oportunidade, o suspeito de stalking havia sido detido em flagrante em 14 de fevereiro por investigadores da Seção de Atendimento à Mulher (SAM) da 5ª DP. Já na segunda investida, o homem foi preso na última quarta-feira (13/4). Detido preventivamente, o stalker poderá ser solto somente após a justiça analisar eventual pedido de liberdade provisória feito por advogado.

O caso

De acordo com as investigações, o acusado, que não teve a identidade revelada, demonstrava obsessão pela mulher, chegando ao ponto de ameaçar levá-la para um cativeiro e ainda marcar terapia de casal sem nunca ter mantido qualquer tipo de relacionamento com a vítima. O homem trabalhava em uma empresa de tecnologia na Asa Norte, enquanto a mulher atuava como recepcionista no mesmo local.

Em 2016, logo quando começou no emprego, a jovem percebeu que o técnico em TI demonstrou interesse nela. Na época, a vítima namorava e cortou as investidas do perseguidor. De acordo com relatos da recepcionista, nos almoços da empresa o stalker tinha o costume de encará-la até o ponto de ela ir embora de tão constrangida que ficava.

Constrangimento

Segundo os depoimentos da vítima à PCDF, sempre que o técnico passava pela recepção costumava falar palavras impróprias ou fazer gestos que a constrangia. Com isso, a jovem começou a ignorá-lo. “Então, ele passou a mandar mensagens por meio de SMS e WhatsApp, mas foi bloqueado”, disse a vítima aos policiais.

O constrangimento da recepcionista foi tamanho que o diretor comercial da empresa chegou a fazer várias reuniões com o perseguidor e a vítima. Em 2019, o técnico deixou o serviço e, finalmente, a mulher teve um período de sossego, mas que não demorou muito. Em determinado dia, ela passou a receber ligações de números desconhecidos usados pelo suspeito.

Por causa da situação, ela se mudou para casa dos pais, na Bahia, onde ficou aproximadamente por um ano. Mesmo em outra unidade da Federação, o stalker continuou perseguindo a vítima por meio de telefonemas. A mulher retornou para Brasília em dezembro de 2021.

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