Springfield: traficantes usam nomes de personagens dos Simpsons para vender droga sintética
As drogas eram adquiridas nos grandes centros, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10/8), a Operação Springfield, que apura os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais. Integrantes do grupo investigado usavam nomes de personagens de Os Simpsons como apelidos (o nome da ação faz referência à cidade onde a animação se passa).
Ao todo, 55 policiais federais para cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva na cidade de Santa Maria (RS). Também são executadas medidas voltadas à descapitalização do grupo criminoso, como sequestros de veículos de luxo, apreensão de bens e o bloqueio de valores em contas bancárias.
A ação tem apoio da Receita Federal e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). A investigação teve início em outubro de 2022 com a apreensão de uma encomenda de drogas sintéticas pela Receita Federal. As substâncias foram remetidas do Rio de Janeiro (RJ) e interceptadas na sede de uma empresa transportadora, na cidade de Santa Maria (RS).
A partir desse fato, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência da destinatária da encomenda e interceptou outras quatro remessas ilegais de drogas, entre elas, LSD, Ecstasy, Lança-Perfume e Haxixe. Com o avanço da investigação, foi possível identificar toda estrutura criminosa envolvida no tráfico, controlada por um homem, de 20 anos, e por sua namorada, de 18.
Modus operandi
As drogas eram adquiridas nos grandes centros, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, e enviadas através dos Correios e empresas transportadoras. Os investigados utilizavam nomes e endereços de “laranjas”, que eram pagas para receber as encomendas.
Posteriormente, as drogas eram encaminhadas para depósitos provisórios. A comercialização ocorria por aplicativo de mensagens instantâneas e a entrega era realizada por mototaxistas, sob coordenação dos líderes do grupo.
Os investigados usavam perfis falsos em redes sociais, e-mails fictícios e cadastros telefônicos em nome de terceiros. Ao se comunicar, utilizavam pseudônimos, geralmente relacionados a personagens de filmes ou desenhos.