Servidor usa celular funcional e xinga dono de funerária: “Vagabundo”
Segundo José Carlos, ele foi ofendido e coagido pelo diretor substituto de Fiscalização dos Serviços Funerários, Matheus Rodrigues Lobo
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura um suposto caso de desvio de conduta de um servidor da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) que foi gravado usando um telefone funcional para xingar de “vagabundo” e “filho da puta” o dono de uma funerária do Mato Grosso que tentava prestar serviço para uma família do DF.
O empresário José Carlos de Souza Ferreira, 47 anos, contou que foi contratado para fazer o translado do corpo de um menino de 11 anos, vítima de afogamento, que estava no Instituto Médico Legal (IML). Como o veículo funerário dele seguia normas estabelecidas pelo governo do Mato Grosso, procurou a Subsecretaria de Assuntos Funerários (Suaf) da Sejus para tentar resolver toda a burocracia necessária.
Segundo José Carlos, ele foi ofendido e coagido pelo diretor substituto de Fiscalização dos Serviços Funerários, Matheus Rodrigues Lobo Monteiro. “Durante seis horas de negociação, ele queria que eu aceitasse o valor cobrado por uma única e exclusiva funerária que deveria fazer o traslado do DF até o Mato Grosso, praticando uma venda casada. Como não aceitei, ele surtou e passou a me ofender”, disse.
Ouça xingamentos do servidor da Sejus ao empresário:
Desespero familiar
De acordo com o empresário, em razão do desespero da família, que havia suplicado para que ele fizesse o traslado do corpo da criança, acabou compactuando com a exigência do servidor em fechar contrato com a funerária exigida. “Acabei pagando muito mais caro do que outros orçamentos que havia feito após ficar refém da exigência feita por esse servidor. Paguei R$ 3,1 mil por esse serviço obrigatório”, reclamou.
O Metrópoles procurou a Sejus para saber se a secretaria tinha conhecimento do caso e quais medidas haviam sido tomadas. Por meio de nota, a pasta informou que “tomou conhecimento do caso em questão e que um processo administrativo interno foi aberto no dia 3/8, para a devida apuração dos fatos”.