Servidor é preso por cobrar R$ 50 mil e “ensinar” como conseguir visto em embaixadas
O suspeito cobrava para “dar aulas” a interessados em como se portar em entrevistas nas embaixadas, para conseguir os vistos consulares
atualizado
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Nas primeiras horas desta terça-feira (3/1), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou operação para prender um servidor público, de 41 anos, que falsificava documentos e ensinava como se portar em entrevistas nas embaixadas, para obtenção dos vistos consulares. O suspeito cobrava R$ 2 mil por pessoa – caso o cliente conseguisse entrar no país, pagava mais R$ 50 mil.
De acordo com as investigações conduzidas pelas Coordenação de Repressão às Fraudes (Corf), o servidor produzia diversos documentos falsos, como contracheques, declarações de Imposto de Renda, declarações de bens, certidões de casamento e comprovantes de matrícula.
As apurações ocorridas no âmbito da Operação Legatio (embaixada, em latim), que duraram cerca de seis meses, identificaram que sete pessoas, já presas anteriormente pela Corf, usaram os documentos falsos produzidos pelo servidor público. Elas poderão ser condenadas a penas de até 6 anos de reclusão.
O homem, que também foi alvo de busca e apreensão, na cidade de Cristalina (GO), no Entorno do Distrito Federal, responderá pelos crimes de falsificação de documento público, falsificação de documento particular e associação criminosa, cujas penas podem ser superiores a 15 anos de reclusão.
As investigações seguem em andamento, já que outras pessoas podem estar envolvidas.