“Sem dormir”, diz ex-mulher de líder religioso torturado em Planaltina
O corpo de Pai Jorge de Ogum, de 59 anos, foi encontrado carbonizado em 11 de janeiro. A vítima foi esfaqueada e torturada até a morte
atualizado
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A família do líder religioso Anderson Elias Bonfim, conhecido como Pai Jorge de Ogum, de 59 anos, ainda está bastante abalada com a morte do homem. Querido por moradores da Estância Mestre d’Armas I, o corpo da vítima foi encontrado carbonizado em 11 de janeiro, próximo ao Posto de Saúde da Estância, em Planaltina.
Segundo a ex-mulher do líder, com quem foi casada por 14 anos, Pai Jorge era uma pessoa muito especial. “Nós éramos muitíssimo amigos, conversávamos todos os dias por mensagem. Ele tinha um coração gigante, tudo o que precisávamos, recorríamos a ele”, relembra a mulher.
O casal teve uma filha juntos e, apesar de terem se divorciado há mais de 10 anos, ainda eram próximos. “Quando eu vi que ele não respondia as minhas mensagens há mais de dois dias, resolvi ir até a delegacia e contatar um chaveiro para ir até a residência dele, pois já estávamos pensando o pior”, conta.
A mulher e a filha do casal souberam da morte de Anderson quando foram registrar o desaparecimento. “Foi um baque. Até hoje estamos muito abalados. Não tem como esquecer. A nossa filha está sem conseguir dormir”, lamenta.
De acordo com ela, o ex-marido não possuía inimizades com ninguém, porém, pelo o que soube, o acusado do crime seria uma pessoa que, em algumas ocasiões dirigia para o Pai Jorge, pois o líder não conduzia veículos.
A vítima foi torturada e esfaqueada até a morte e depois teve o corpo carbonizado descartado em uma estrada próxima a uma torre de celular na Estância. Após o crime, o suspeito ainda realizou diversas transferências bancárias da conta da vítima em grandes valores.
Durante as investigações, foi descoberto que o autor era uma pessoa próxima da vítima e que frequentava casa do líder religioso, motivo pelo qual não foi encontrado qualquer arrombamento na casa.
A prisão temporária do criminoso foi decretada pelo Poder Judiciário em 20 de janeiro e o suspeito localizado em via pública na Estância Mestre d’Armas I, em Planaltina.