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Sargento ostentação e comparsas viram réus por agiotagem

Todos os outros investigados se tornaram réus no processo que apura os crimes de organização criminosa, usura e lavagem de dinheiro

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Homem de óculos escuros tira selfie em cima de barco no meio do oceano
1 de 1 Homem de óculos escuros tira selfie em cima de barco no meio do oceano - Foto: Reprodução/Instagram

O terceiro sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Ronie Peter Fernandes da Silva (foto em destaque), preso durante a Operação S.O.S. Malibu, e todos os outros investigados, se tornaram réus no processo que apura os crimes de organização criminosa, usura e lavagem de dinheiro. A ação foi deflagrada pela Polícia Civil (PCDF) em 16 de novembro.

O Juiz da Vara Criminal da Circunscrição Judiciária de Águas Clara recebeu denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra o militar, além de seu irmão, Thiago Fernandes da Silva, o pai deles, Djair Baia da Silva, e os operadores do esquema Alison Silva Lima e Raiane Gonçalves Campelo.

O sargento agiota foi denunciado pelos crimes de organização criminosa, usura e lavagem de dinheiro, além de quatro delitos de extorsão. Os promotores do caso entenderam que ele exercia a liderança da organização criminosa. O MPDFT ainda requereu a perda do cargo de Ronie Peter em caso de condenação.

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Thiago Fernandes, irmão do policial, também foi preso pela PCDF
Investigados moravam em mansão
Sargento da PM tem salário de R$ 8 mil
Quadrilha investigada atuava com agiotagem
Polícia apura crimes de extorsão e lavagem de dinheiro
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PM mantinha vida de luxo

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Thiago Fernandes, irmão do policial, também foi preso pela PCDF

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Investigados moravam em mansão

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Sargento da PM tem salário de R$ 8 mil

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Quadrilha investigada atuava com agiotagem

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Polícia apura crimes de extorsão e lavagem de dinheiro

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Operação S.O.S Malibu

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Alguns itens foram apreendidos na operação

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PM foi preso em uma das maiores operações da PCDF

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Sargento liderava quadrilha de agiotas

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Thiago Fernandes foi denunciado por crime de organização criminosa, usura e lavagem de dinheiro. Os mesmos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro foram atribuídos a Djair Baia, pai dos investigados. Alison e Raiane foram denunciados pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Vida de luxo

A vida que o sargento levava antes de ser preso é digna de telas de cinema. Suspeito de liderar uma quadrilha de agiotas, conforme revelou o Metrópoles, o PM morava em mansões, tinha coleção de carros de luxo e, constantemente, fazia viagens a praias paradisíacas.

Toda a rotina de ostentação era registrada nas redes sociais. Apesar de o contracheque do PM indicar vencimentos de R$ 8 mil, o sargento acumulou mais de R$ 8 milhões em contas bancárias com a prática criminosa.

A operação

Durante a ação para desarticular a organização criminosa, investigadores da DRF cumpriram mandados de busca e apreensão em duas mansões de propriedade da família do policial. Segundo as apurações, o militar agia em conjunto com o irmão Thiago Fernandes, que também virou réu nesta segunda-feira. Os imóveis ficam em Vicente Pires, onde ocorreram as prisões.

Em um vídeo publicado por Ronie Silva no Instagram, é possível ver uma das casas, que conta com piscina, área de lazer, churrasqueira, ambientes climatizados e uma garagem repleta de carros importados.

Veja a casa do sargento:

 

S.O.S. Malibu

O esquema milionário de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro capitaneado pelo sargento da PMDF e o irmão foi desmantelado em operação deflagrada pela Polícia Civil (PCDF). Equipes da DRF cumpriram 15 mandados de busca e 7 de prisão em Vicente Pires, Taguatinga e São Paulo. A operação foi batizada em menção ao nome da concessionária de veículos dos irmãos.

Confira imagens da operação:

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Prisão realizada em 16 de novembro
Dinheiro apreendido
Operação S.O.S Malibu
Preso pela PCDF
Operação contra quadrilha de agiotas
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Quadrilha era liderada por sargento da PMDF

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Prisão realizada em 16 de novembro

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Dinheiro apreendido

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Preso pela PCDF

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Operação contra quadrilha de agiotas

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Operação S.O.S Malibu

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Operação contra quadrilha de agiotas

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Carros de luxo apreendidos

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Quem não pagava as prestações em dia se tornava alvo de violentas ameaças. Durante as cobranças, além de coagir as vítimas, o grupo tomava veículos e exigia a transferência de imóveis dos endividados. A apuração ainda demonstrou que os valores da agiotagem eram ocultados por meio da compra de veículos de luxo registrados em nome de terceiros, além da utilização de empresas de fachada.

Lavagem de dinheiro

De acordo com as investigações da DRF, nos últimos dois anos, a organização criminosa comprou oito veículos da marca Porsche, de valor unitário próximo a R$ 1 milhão, e, nos últimos seis meses, movimentou mais de R$ 8 milhões, distribuídos em sete contas bancárias.

Três veículos da Porsche e um veículo BMW X4 foram apreendidos durante a operação. Os carros estão avaliados em R$ 3 milhões. Também foram bloqueadas as sete contas bancárias, de pessoas físicas e jurídicas, com o sequestro dos R$ 8 milhões faturados com o esquema.

A engrenagem criminosa era altamente lucrativa e demandava saques em espécie de quantias milionárias. Em ação controlada comunicada à Justiça, equipes de policiais da DRF acompanharam dois saques milionários ocorridos em agências bancárias do DF totalizando de R$ 800 mil e R$ 530 mil.

Organização estruturada

As apurações conduzidas pela PCDF apontaram como funcionava a estrutura da organização criminosa. O esquema era hierarquizado e havia divisão de tarefas. Na cadeia de comando havia os irmãos Ronie e Tiago, que emprestavam os valores e cobravam os endividados, mediante grave ameaça. O sargento da PMDF ainda era responsável pela aquisição dos veículos de alto luxo.

Também foram presos na operação cinco operadores financeiros do grupo, responsáveis pela dissimulação, isto é, pela sequência de transações e saques em contas de empresas de fachada, que visavam conferir aparência lícita aos valores faturados com a agiotagem. Três deles também eram responsáveis pela ocultação do dinheiro, pois cediam os nomes para o registro dos veículos de alto luxo, cujo verdadeiro dono era o sargento Ronie.

Os mandados de prisão, busca domiciliar e apreensão e sequestro foram expedidos pelo juiz da Vara Criminal de Águas Claras. A operação contou com o apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo.

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