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Sargento da PM fez desabafo a amigo dias antes de matar família no DF

Nilson Cosme Batista dos Santos reclamou que estava exausto e sob pressão. Ele também alegou que não conseguiu fazer tratamentos de saúde

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policiais e viaturas
1 de 1 policiais e viaturas - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

Em conversa com colegas de quartel, dois dias antes de matar a família e cometer suicídio, o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Nilson Cosme Batista dos Santos reclamou que estava exausto e sob pressão. Ele também alegou que não conseguiu fazer tratamentos de saúde.

Sem se identificar, um colega do policial lembrou do desabafo feito dias antes da chacina. “Ele reclamava que sofria muitas cobranças, mas não tinha assistência e precisava fazer tratamento. A família pegou Covid, ele estava muito estressado e passando dificuldades. Contou que estava constantemente sob pressão”, detalhou.

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PM matou a esposa e os dois filhos antes de se matar
Perícia chega ao local onde sargento da PMDF mata família, coloca fogo na casa e comete suicídio
Lucileide Maria Lucas, 33, autônoma e João Vitor Gonçalves, amigo de infância dos jovens, 20 anos
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Crime ocorreu em Planaltina

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PM matou a esposa e os dois filhos antes de se matar

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Perícia chega ao local onde sargento da PMDF mata família, coloca fogo na casa e comete suicídio

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Lucileide Maria Lucas, 33, autônoma e João Vitor Gonçalves, amigo de infância dos jovens, 20 anos

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As vítimas da chacina ocorrida em Planaltina nesta quinta-feira (10/2) foram identificadas como Maria de Lourdes Furtado, 50 anos; Lucas Furtado dos Santos, 16; e Isaac Furtado dos Santos, 21. Mãe e filhos foram assassinados pelo pai dos jovens, Nilson dos Santos.

Casal tranquilo

Conforme conta a vizinha da família, Lucileide Maria Lucas, 33 anos, a família não parecia ter problemas. “Sempre foram um casal tranquilo, iam à igreja, ela era católica. Iam em São Sebastião, ela falava que ia na missa das 17h. Os dois sempre me tratavam bem, os meninos brincavam, jogavam videogame. Sei que o mais velho passou na UnB”, diz.

Ainda de acordo com a moradora da região, ela era bem próxima de Maria de Lourdes, e chegou a conversar com a vítima ainda no dia do crime. “Dia 2 ela mandou áudio dizendo que estava com Covid. Dia 8 perguntei se estava tudo bem, ela disse que sim. Hoje eu mandei áudio e ela visualizou às 17h50.”

Amigo de infância dos dois jovens assassinados, João Vitor Gonçalves, 20 anos, contou emocionado à reportagem que ambos eram muito estudiosos. “Eles nunca foram de sair, de farra, [ficavam] só estudando. Mas jogavam muito videogame. O Isaac passou pra engenharia química na UnB. Eu não consigo nem falar o que eu estou sentindo, só quem perdeu sabe”, lamentou.

Outra amiga de Maria de Lourdes era a técnica agropecuária Ivazine Silva, 56. “Morei do lado dela, meu filho cresceu junto do filho dela. Os rapazes eram todos estudiosos, a mulher fez de tudo pra ele passar no concurso, o sonho dele era ser policial.”

Saiba quem são as vítimas:

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Lucas Furtado dos Santos era o filho mais novo do casal. Ele também foi morto na chacina
Maria de Lourdes era a esposa de Nilson
Nilson Cosme Batista dos Santos era sargento da PMDF
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Isaac Furtado era filho do sargento. Ele havia passado em engenharia química, na UnB

Reprodução/ Redes Sociais
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Lucas Furtado dos Santos era o filho mais novo do casal. Ele também foi morto na chacina

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Maria de Lourdes era a esposa de Nilson

Material Cedido ao Metrópoles
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Nilson Cosme Batista dos Santos era sargento da PMDF

Reprodução

 

“Não falava com ninguém, nunca vi esses filhos dele. Ele era muito fechado, procurava confusão com todo mundo na rua, tem mais de 20 anos que moro aqui e nunca falei com ele”, comentou Tiago Alves, 33 anos, que mora nas redondezas.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), a corporação foi acionada para atuar, a princípio, em um incêndio em edificação. No local, a equipe encontrou as vítimas mortas.

A suspeita é que Nilson tenha colocado fogo na casa. Nessa linha de investigação, supõe-se que, antes de o fogo consumir todo o imóvel, o sargento cometeu suicídio. Um dos corpos estava na sala, atrás da porta, e os outros três, dentro de um quarto.

“Foram três tiros na mulher: um no abdômen, um no pescoço e outro na cabeça. Um dos filhos tinha um tiro na cabeça e, no outro, não deu para identificar, pois estava muito queimado”, relatou um militar que atendeu a ocorrência.

 

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