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Sargento briga com uber, ameaça PM e morre com tiro na cabeça em motel

Os policiais que atenderam a ocorrência explicaram que foram acionados por meio do 190 para atender uma situação de ameaça

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Foto colorida de homem com arma de fogo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de homem com arma de fogo - Metrópoles - Foto: Getty Images

O sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Ivanildo Carvalho de Souza, 42 anos, morreu com tiro na cabeça ao reagir à abordagem de colegas de farda em um motel de Taguatinga. Os militares foram acionados após Souza iniciar uma briga com um motorista de Uber antes de entrar no estabelecimento.

O caso ocorreu na madrugada desta segunda-feira (12/8) e foi registrado na 21ª Delegacia de Polícia (Pistão Sul) como homicídio, ameaça e morte por intervenção de agente do estado.

Segundo a companheira do policial, eles foram a um bar em Samambaia Norte e, aproximadamente uma hora depois, decidiram ir a um outro bar na mesma região. O policial teria passado a tarde bebendo cerveja e caipirinha. Quando o restaurante fechou, de madrugada, o casal foi a um motel emTaguatinga.

A mulher explica que estava mexendo no celular quando notou que seu companheiro estava discutindo com um motorista de aplicativo após suposta colisão entre os veículos na entrada do motel. Durante a discussão, a mulher afirmou que o sargento pegou a arma da cintura e mostrou ao motorista do outro carro.

Assim que o casal entrou no motel, a mulher relatou que perguntou ao companheiro o motivo da reação violenta, pois nunca o viu daquela forma desde que se conheceram, há oito anos. O militar, revoltado, teria falado que não bateu no veículo.

Já o motorista do Uber contou que, ao perceber a batida, desceu do carro e foi até o lado do motorista, que inicialmente o ignorou. Contudo, após o condutor insistir para reparar o dano, o PM colocou a arma para fora do automóvel e passou a fazer ameaças dizendo: “Você é pau no cu; vá se foder; Vá para a puta que pariu; Está aí com dois viadinhos para fazer programa”.

Devido à briga, os passageiros não quiseram mais entrar no Uber, liberando o motorista. Com a entrada do casal no motel, o condutor ligou para o 190 informando a situação da ameaça com arma de fogo.

Após 10 minutos, a polícia chegou. Algum tempo depois, a testemunha contou que ouviu dois disparos. Chegaram outras viaturas e o Corpo de Bombeiros, que levou o policial ao hospital.

Resistência e tiro na cabeça

Os policiais que atuaram na ocorrência explicaram que foram acionados por meio do 190 para atender uma situação de ameaça em frente ao motel. Quando os militares chegaram ao local, o motorista do transporte por aplicativo contou que foi ameaçado por um homem com uma arma de fogo.

Os PMs seguiram para o quarto onde estaria o tal indivíduo. A equipe alegou que se identificou como policiais militares ao menos quatro vezes. Pediram para o autor sair do quarto. Em resposta, o suspeito falou que também era policial e foi até a porta com a arma em punho.

Os militares relataram que pediram ao homem que abaixasse a arma e se identificasse, já que teria afirmado ser policial. Em movimento brusco, o homem levantou a arma e apontou para a equipe. Neste momento, os policiais revidaram com dois disparos. Um acertou a parede e outro, a cabeça do sargento, que não resistiu e morreu no Hospital Regional de Taguatinga.

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