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Sargento aplicava golpe da pirâmide em colegas de farda da PMDF

Vítimas investiram dinheiro e imóveis na pirâmide financeira de criptomoedas. Empresa usada no esquema quebrou e lesou diversos militares

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O sargento Matheus Soares Maia é investigado por suspeita de ter aplicado golpes nos próprios colegas de farda da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

A coluna Na Mira apurou que o militar é uma das peças-chave dem um suposto esquema de pirâmide financeira alvo de operação do Ministério Público (MPDFT).

Nesta terça-feira (11/6), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação Madoff para cumprir mandados de busca e apreensão contra os alvos das apurações.

O sargento Matheus Soares Maia seria o responsável por cooptar militares a investir na fraude. A coluna tenta contato com o sargento. O espaço segue aberto.

10% ao mês

As vítimas eram enganadas com promessas de que os investimentos aplicados teriam rentabilidade de 10% ao mês. Os suspeitos são investigados por estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e crimes contra a economia popular.

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Ministério Público e Corregedoria da Polícia Militar investigam sargento por participação no esquema
Policial militar aplicava golpes em colegas de farda
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Militares e civis eram enganados em esquema de pirâmide com criptomoedas

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As equipes do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Luziânia (GO), no Entorno da capital do país. O esquema envolvia investimentos em criptomoedas, por meio de serviços da empresa Liberty Up.

As apurações sobre o caso começaram na Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal, devido à comunicação de que Matheus teria cooptado diversos PMs para participarem de uma rede de investimentos em criptomoedas. As vítimas chegaram a transferir dinheiro e imóveis para o grupo e acabaram prejudicadas financeiramente.

Movimentações atípicas

O grupo conseguiu movimentar R$ 4 milhões com criptoativos ao longo de 2022, enquanto as contas correntes do sargento tiveram entradas e saídas que totalizaram R$ 6 milhões, uma quantia incompatível com a renda recebida pelo militar.

Além disso, a empresa usada pelo grupo investigado quebrou, o que causou prejuízos econômicos consideráveis a militares do 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM) – conhecido com Batalhão dos Poderes, quartel responsável pela segurança da área central de Brasília.

O esquema também contava com a participação de civis e de uma empresa de consultoria e intermediações. Devido ao grande número de vítimas, o valor total perdido pelas vítimas ainda é calculado pelo MPDFT.

Madoff

A força-tarefa, coordenada pelo Gaeco e pela Corregedoria da PMDF, contou com apoio da Polícia Militar de Goiás (PMGO). O nome da operação faz referência a Bernie Madoff, considerado o responsável por uma das maiores pirâmides financeiras da história, nos Estados Unidos.

Por meio de nota, a Corregedoria da PMDF informou que recebeu, em 2023, denúncias de que policiais teriam sido vítimas de crimes de natureza militar em uma pirâmide financeira.

O departamento abriu Inquérito Policial Militar (IPM) e as investigações revelaram a participação de civis e o uso de empresas para o suposto cometimento de crimes.

“Dessa forma, junto à Promotoria Militar, houve o compartilhamento de provas com o Gaeco/MPDFT, para avanço nas investigações quanto aos civis e às empresas apontadas, por crimes comuns, enquanto a Corregedoria da PMDF continuaria com as investigações em relação ao militar envolvido, por crimes militares”, detalhou o departamento da corporação, por meio de nota.

A reportagem tenta localizar a defesa de Matheus Soares Maia.

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