Sanguinário, chefão do Comando Vermelho é transferido para Bangu I
Luiz Cláudio Machado, o Marreta, estava isolado em uma cela de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) no presídio federal de Catanduvas (PR)
atualizado
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Em meio à guerra entre as forças de segurança do Rio de Janeiro e milicianos, criminosos que ocupam posto de destaque na maior facção criminosa do estado, o Comando Vermelho (CV), desembarcaram de presídios federais diretamente para celas no Complexo Penitenciário de Bangu I. O primeiro deles é Luiz Cláudio Machado, o Marreta, traficante do alto escalão do CV.
Marreta estava isolado em uma cela de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O chefão da facção estava encarcerado e sendo monitorado pelo Departamento Penitenciário Federal (Depen) desde sua prisão, em dezembro de 2014, após uma operação cinematográfica ocorrida em Assunção, no Paraguai.
comandoO megatraficante era o principal líder das guerras que até hoje aterrorizam moradores das zonas norte e oeste do Rio de Janeiro, em especial nas favelas do bairro carioca de Jacarepaguá.
Marreta também participou dos ataques contra Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Complexo do Lins. A captura do criminoso contou com o apoio da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas paraguaia) e de policiais federais.
Quem é Marreta
Antes da prisão no Paraguai, o integrante da cúpula do CV estava foragido desde fevereiro de 2013, quando escapou do Instituto Penal Vicente Piragibe, em Bangu, na zona oeste do Rio.
Marreta coordenava, do Paraguai, a atuação da organização criminosa e a distribuição de armas e drogas para comunidades dominadas pela facção nas zonas oeste e norte da cidade.
Na casa onde o traficante foi preso, os agentes encontraram um cofre com dólares, reais e guaranis, a moeda paraguaia. Na residência, estavam duas mulheres e uma criança.
Naquele ano, Marreta foi o quinto chefe do tráfico preso. A Subsecretaria de Inteligência (SSINTE), com apoio da Polícia Federal, prendeu os chefes do tráfico dos complexos do Alemão e da Penha, conhecidos, respectivamente, como Piná e 2D; Russão, da Mangueira; e Kadu Playboy, da Região dos Lagos.