Saiba quem são os bolsonaristas presos em operação contra golpe
Conforme a coluna divulgou em primeira mão, policiais federais cumpriram quatro mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão
atualizado
Compartilhar notícia
Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (8/2), quatro mandados de prisão e 33 de busca e apreensão contra políticos e militares suspeitos de planejar um suposto golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Fontes da PF confirmaram que os presos são Filipe Martins (na foto em destaque, à esquerda), ex-assessor especial do Bolsonaro; Marcelo Câmara (na foto, à direita), coronel do Exército; Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército; e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
Além disso, outros aliados de Bolsonaro foram alvo de mandados de busca e apreensão como o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno; e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça).
Conforme a coluna divulgou em primeira mão, policiais federais cumpriram quatro mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão em 10 estados da Federação no âmbito da Operação Tempus Veritatis.
Policiais federais cumprem as medidas judiciais nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
O plano
Segundo a PF, o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.
O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.
O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um suposto golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.
O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.