Saiba quem são os alvos de ação da PCDF contra esquema de “rachadinha”
Na casa de Celso Francisco de Assis, 46, principal suspeito de comandar o esquema de “rachadinha”, foram encontrados R$ 30 mil
atualizado
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Celso Francisco de Assis, 46, é o principal suspeito de liderar um esquema de “rachadinha” em diversas secretarias do Executivo local. Na casa do suspeito, na região do Recanto das Emas, foram encontrados R$ 30 mil em dinheiro.
Nesta quarta-feira (3/5), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu oito mandados de busca e apreensão dentro das residências dos suspeitos, na empresa utilizada para movimentação financeira e nos órgãos em que os participantes do esquema supostamente trabalham, localizadas nas regiões do Plano Piloto, Recantos das Emas e Santa Maria.
Veja investigados em esquema de “rachadinha”:
A coluna apurou que Celso está vinculado à Secretaria de Estado de Governo do DF (Segov) como assessor especial desde outubro de 2022. Antes, estava lotado no gabinete do vice-governador. Na função atual, recebe R$ 5.325,00 de salário bruto.
Segundo a PCDF, ele indicou ao menos oito pessoas para cargos comissionados — incluindo o filho dele e uma empregada doméstica.
De acordo com as investigações da Operação Meridio, Celso tinha influência para indicar outros interessados para cargos comissionados devido à proximidade com pessoas politicamente relevantes. Ele também teria trabalhado na campanha de alguns políticos.
O assessor especial também passava instruções para que o participantes do esquema não cumprissem suas jornadas de trabalho de forma integral. Em algumas vezes, compareciam uma vez ao órgão que estavam vinculados uma vez ao mês, somente para assinar a própria folha de ponto — prática também realizada por Celso.
Outros alvos
Taynan Alencar de Assis, 20, está lotado como assessor na Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Administração do DF e recebe R$ 3.580 de salário bruto. Testemunhas relataram à PCDF que Taynan trabalha na Diretoria de Recuperação Extrajudicial e Levantamento do Crédito da Procuradoria Geral do DF (PGDF).
Patrícia Daniele Santos Alencar de Assis, 44, é proprietária da empresa que seria utilizada para receber os recursos repassados pelo esquema de “rachadinha”.
Fábio Diego Rodrigues Ferreira, 36, ocupa o cargo de assessor na Administração Regional do Lago Norte, desde 2019. Ele recebe salário bruto de R$ 2.885,00.
Robson Rodrigo Silva Rocha de Jesus, 33, fazia parte do quadro de funcionários comissionados da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejus) até 14 de fevereiro deste ano. Desde então é terceirizado e exerce a função de vigilante diurno da Câmara dos Deputados.
Stephany de Jesus Lopes Rocha, 28, ocupa o cargo de assessora da Administração Regional de Sobradinho desde 2 de outubro de 2020. Antes exercia outra função no órgão, mas recebia o mesmo salário bruto de R$ 3.656,00.
A reportagem não localizou a defesa dos envolvidos. O espaço segue aberto.