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Saiba quem são os alvos da Operação Old West presos nesta 4ª feira

Ação coordenada pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) visa uma organização criminosa e familiar que atuava no Distrito Federal

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1 de 1 operação-old-west-prisão-ronaldo-de-oliveira-pcdf - Foto: Breno Esaki/Metrópoles (@BrenoEsakiFoto)

A Operação Old West, deflagrada pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) na manhã desta quarta-feira (20/12), teve como alvos o empresário Ronaldo de Oliveira, 48 anos; a esposa dele, Soraya Gomes da Cunha, 39; e dois filhos do investigado — Paulo Victor Viegas de Oliveira, 24, e Pedro Henrique Viegas de Oliveira, 27. Uma nora e uma cunhada do empresário também seriam integrantes do suposto esquema de lavagem de dinheiro, segundo as apurações.

Filho mais velho de Ronaldo, Pedro Henrique é dono de uma distribuidora de água e gás em Brazlândia e foi candidato ao cargo de deputado federal pelo DF, nas Eleições de 2022. Além dos seis investigados da mesma família, outros três homens foram presos durante a operação nas primeiras horas desta manhã.
Veja imagens da operação:

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Dono de patrimônio milionário, empresário Ronaldo de Oliveira voltou a entrar na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e se tornou principal alvo de uma megaoperação desencadeada nas primeiras horas desta quarta-feira (20/12)
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Ronaldo de Oliveira e a família são acusados de integrar uma organização criminosa e conduzir um esquema de lavagem de dinheiro com uso de batalhão formado por, ao menos, 15 laranjas e testas de ferro
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Dono de patrimônio milionário, empresário Ronaldo de Oliveira voltou a entrar na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e se tornou principal alvo de uma megaoperação desencadeada nas primeiras horas desta quarta-feira (20/12)

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Dono de patrimônio milionário, empresário Ronaldo de Oliveira voltou a entrar na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e se tornou principal alvo de uma megaoperação desencadeada nas primeiras horas desta quarta-feira (20/12)

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Ronaldo de Oliveira e a família são acusados de integrar uma organização criminosa e conduzir um esquema de lavagem de dinheiro com uso de batalhão formado por, ao menos, 15 laranjas e testas de ferro

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Operação Old West, deflagrada pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), cumpre nove mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão

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PCDF também pediu à Justiça o sequestro de uma série de carros de luxo e o bloqueio de contas bancárias operadas pela quadrilha

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Entre os alvos estão, além de Ronaldo de Oliveira, a mulher dele, Soraya Gomes da Cunha, e os filhos do casal, Paulo Victor Viegas de Oliveira e Pedro Henrique Viegas de Oliveira. Uma nora e uma cunhada do empresário também integrariam o suposto esquema

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Ronaldo de Oliveira participou de esquema que desviou R$ 1 bilhão do transporte público do Distrito Federal

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Família foi presa em operação

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Saiba quem são os presos:

  • Ronaldo de Oliveira, 48 anos, empresário;
  • Soraya Gomes da Cunha, 39, esposa de Ronaldo;
  • Paulo Victor Viegas de Oliveira, 24, filho do meio do empresário;
  • Pedro Henrique Viegas de Oliveira, 27, filho mais velho de Ronaldo;
  • Mirelly Gomes da Cunha, 31, cunhada do empresário e irmã de Soraya;
  • Izabely de Paula Costa de Farias, 23, nora de Ronaldo e esposa de Paulo;
  • Francisco Assis de Oliveira, 56;
  • Elismar Donizete Borba, 54; e
  • Adelino Medeiros II, 39.

Oliveira e a família são acusados de integrar uma organização criminosa e conduzir um esquema de lavagem de dinheiro com uso de um batalhão formado por, ao menos, 15 laranjas e testas de ferro.

A  megaoperação desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu nove mandados de prisão temporária, bem como sete de busca e apreensão. A corporação ainda pediu à Justiça o sequestro de uma série de carros de luxo e o bloqueio de contas bancárias operadas pela quadrilha.

Audacioso e articulado, o bando teria conseguido cooptar um analista do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que recebia várias transferências bancárias para “cuidar” dos processos do empresário e advogar em defesa dos interesses da organização criminosa.

O servidor consultava processos e repassava informações sigilosas, segundo as investigações. O analista teve a prisão pedida pela PCDF, mas o Ministério Público se posicionou contrariamente ao pedido; por esse motivo, o nome do servidor não será divulgado por enquanto.

“Dono de Brazlândia”

As apurações revelaram que, após ser investigado e preso no âmbito da Operação Trickster que identificou um esquema criminoso no qual R$ 1 bilhão em dinheiro público teriam sido desviados por meio de fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica do extinto Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) —, o empresário desenvolveu um sistema sofisticado para lavar mais de R$ 31 milhões.

Para isso, o empresário apontado como “dono de Brazlândia” usou um supermercado e contas de poupança em nome de testas de ferro para lavar centenas de milhares de reais. Até mesmo filhos menores de idade de Ronaldo de Oliveira foram aproveitados no esquema, segundo a polícia.

O empresário teria usado, ainda, um empreendimento para ocultar a propriedade e dissimular valores faturados por meio do estelionato contra a administração pública e da corrupção de agentes públicos.

Caminho do dinheiro

Antes da Operação Trickster, o bando comandado por Ronaldo de Oliveira mantinha recursos financeiros nas contas de empresas geridas pelo grupo. Após a ação da PCDF, o caminho do dinheiro mudou e passou a “fazer curvas” para driblar as autoridades.

O fluxo do dinheiro começa com o recebimento dos pagamentos nas contas empresariais, segundo as investigações, mas os valores são imediatamente lançados nas contas-poupanças do grupo, via depósitos e transferências, muitas vezes na boca do caixa.

Em seguida, ocorrem retiradas diárias de valores das contas-poupanças abertas em nome dos filhos de Ronaldo e Soraya, para repasse às contas das empresas, tudo a fim de evitar bloqueios judiciais. Algumas delas chegaram a receber depósitos superiores a R$ 1 milhão, segundo a PCDF.

Foragido 

Ronaldo de Oliveira chegou a ficar três anos foragido da Justiça do Distrito Federal e com mandado de prisão preventiva a ser cumprido, entre 2018 e 2021. Ele foi detido em 12 de abril de 2021 por policiais do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT), na cidade de Niquelândia (GO).

Os policiais receberam informações de que o empresário circulava pelo povoado de Buriti Alto, próximo ao município de Mimoso (GO), onde Ronaldo de Oliveira teria um posto de gasolina. O local, segundo os militares, era estratégico, pois facilitava uma possível fuga para diferentes unidades da Federação, como Bahia, Tocantins ou mesmo o Distrito Federal.

Após uma série de buscas, os policiais localizaram uma caminhonete Hilux vermelha usada pelo empresário para circular pela região. Em seguida, ele foi abordado por uma equipe do GPT, que confirmou a existência do mandado de prisão em aberto por corrupção contra a administração pública e por associação criminosa.

Pagamento de propina

Em abril de 2018, a polícia pediu a prisão de Ronaldo e da companheira dele, Soraya. A Justiça atendeu à solicitação após os investigadores terem confirmado que o casal pagava propina para o então responsável pela unidade de controle de bilhetagem automática do DFTrans, Harumy Tomonori. O gestor foi detido em 23 de março de 2018, em mais um desdobramento da Operação Trickster.

Em depoimento, Harumy confessou que, mensalmente, recebia entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, a fim de agilizar processos, pagamentos e fazer vista grossa diante de irregularidades e fraudes cometidas pelas empresas de Ronaldo e Soraya.

Entre as falcatruas, estava o fato de as empresas descarregarem cartões estudantis de alunos do Entorno como se fossem da rede pública de ensino do DF. Imagens flagraram Harumy deixando uma das empresas do casal com dinheiro pago como propina. À época, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram um envelope semelhante na casa de Harumy, com cerca de R$ 12 mil.

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