Saiba quem é policial penal preso por ajudar presos faccionados
O servidor também atuava no comércio ilegal de armas de fogo para pessoas com antecedentes criminais
atualizado
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O policial penal do Distrito Federal preso por suspeita de praticar lavagem de dinheiro e comércio ilegal de armas e munições, além de ajudar presos faccionados foi identificado como Rafael da Conceição Barreto. Ele foi preso na manhã desta quinta-feira (18/7) pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Distrito Federal (Ficco).
De acordo com a Polícia Federal, o policial penal “de modo deliberado e mediante o pagamento de vantagem indevida, atuou na concessão de benesses a presos do sistema penitenciário local”.
Nas redes sociais, Rafael se apresentava como dono de uma cutelaria — local voltado para a fabricação ou venda de instrumentos de corte.
De acordo com o portal de transparência do GDF, Rafael atuava na polícia penal desde 2010 e recebia uma remuneração de pouco mais de R$ 13 mil por mês.
Ainda segundo as investigações, as ações indevidas eram intermediadas por indivíduo com posição de liderança na organização criminosa. Os atos ilícitos supostamente praticados por Rafael vão desde a concessão irregular de suprimentos (alimentos, materiais de higiene etc.), até atos de interferência em processos administrativos em curso em desfavor dos custodiados.
Há indícios de que ele atuava no comércio ilegal de armas de fogo para pessoas com antecedentes criminais.
Também foram identificados atos que podem caracterizar tentativa de ocultação/dissimulação do patrimônio proveniente dos crimes praticados pelos envolvidos.
“Com o avanço das investigações, os policiais constataram a participação efetiva de uma advogada que atuou, de modo consciente, como interposta pessoa em favor dos investigados. Por esta razão, a advogada foi alvo de um mandado de prisão”, acrescentou a PF.
Os demais presos da operação desta terça são pessoas com inúmeros registros criminais, entre os quais, tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e lavagem de dinheiro, e, nesta investigação, possuem envolvimento direto com os atos de corrupção ativa.