Saiba quem é o homem preso após tentar explodir bomba no DF
Empresário do Pará se identifica como George Washington, 54 anos. Ele foi preso com arsenal depois de colocar bomba próximo ao aeroporto
atualizado
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O empresário bolsonarista que planejava um atentado em Brasília com arsenal composto por armas e explosivos se identifica nas redes sociais como George Washington Oliveira Sousa e tem 54 anos.
O perfil do Twitter está ativo desde abril de 2022, possui uma foto da bandeira do Brasil como foto principal e tem como origem o município de Xinguara no Pará.
Segundo apurado pela reportagem, o homem tem registro de caçador, atirador e colecionador (CAC), é paraquedista e apoiador radical do presidente Jair Bolsonaro (PL). Veio para a capital para participar dos atos em frente ao Quartel General do Exército e estava hospedado em um apartamento alugado no Sudoeste.
O suspeito será indiciado por porte e posse ilegais de armas e munições, além de crime contra o Estado Democrático de Direito. As informações são do delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Robson Cândido.
“Tão logo a Polícia Civil tomou conhecimento, a área de inteligência, juntamente com os policiais da DP, iniciaram as investigações e, com as informações que foram surgindo, conseguiram efetuar a prisão do indivíduo. Ele confessou os crimes e disse que fez o artefato”, afirmou Robson Cândido.
Ele foi detido na noite de sábado (24/12), pela PCDF, poucas horas após a Polícia Militar recolher explosivo nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.
A ocorrência está sendo investigada pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). O homem confessou que estava planejando um atentado para o dia da posse do presidente eleito Lula (PT). Com ele foram apreendidos seis explosivos.
Veja, na íntegra, a entrevista do delegado-geral da PCDF:
O arsenal foi encontrado em um apartamento alugado do Sudoeste, na área nobre do DF. Ele teria trazido a maioria do material do Pará, em uma caminhonete. As investigações apontam que as emulsões foram enviadas posteriormente.
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O empresário confessou ser o dono da emulsão explosiva (espécie de bomba usada em garimpo) colocada próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília.
O artefato foi colocado em um caminhão-tanque que entraria no aeroporto. Se explodido, teria provocado uma tragédia, segundo Robson Cândido.
A perícia da PCDF identificou que houve tentativa de explodir o artefato, mas sem sucesso. “Graças a Deus conseguimos interceptar. Não conseguiram explodir, mas a perícia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento”, acrescentou o delegado-geral.
“Ele é morador do Pará e veio para participar das manifestações no QG. Ele faz parte desse movimento de apoio ao atual presidente. Eles estão imbuídos nessa missão, segundo eles, mas saiu de controle”, disse Robson Cândido.
O delegado-geral da PCDF disse que a corporação investiga outros envolvidos no planejamento de atentados.
“As autoridades policiais, principalmente aqui de Brasília, vão tomar todas as providências e prender qualquer um que atente contra o Estado Democrático de Direito, com ameaças e, agora, com bombas. Isso é algo que nunca existiu em Brasília e não iremos permitir esse tipo de manifestação que possa causar mal às pessoas ou ao patrimônio”, disse Robson Cândido.